Polishop tem recuperação judicial aceita pela Justiça de SP
A empresa terá 60 dias para apresentar um plano detalhado de pagamento aos seus credores.
Em decisão proferida na tarde da última segunda-feira (20), a Justiça de São Paulo aceitou o pedido de recuperação judicial apresentado pela Polishop, varejista de eletrodomésticos que acumula dívidas estimadas em R$ 395,6 milhões.
📊 A rede de varejo, controlada pelo empresário João Appolinário, atualmente possui 54 lojas no Brasil, de acordo com informações atualizadas no site da empresa. No final de 2021, antes da crise atual, as lojas Polishop somavam quase cinco vezes esse número, totalizando 250 unidades.
Na semana passada, a companhia entrou com um pedido de recuperação judicial na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo, devido a dívidas no valor de R$ 395,6 milhões, conforme detalhado na ação registrada no TJSP.
Leia também: Risco de Falência? Polishop pede recuperação judicial, diz fonte
📋 Além da dívida com os bancos, o CEO da empresa mencionou em uma entrevista ao "Broadcast" em abril que a empresa possui um endividamento de aproximadamente R$ 50 milhões com os shopping centers. Segundo Appolinário, as dificuldades financeiras enfrentadas pela companhia são decorrentes da pandemia.
Com a aprovação da recuperação judicial, a Polishop terá 60 dias para apresentar um plano detalhado de pagamento aos seus credores. O plano deve contemplar a origem das dívidas, o valor total a ser pago, os prazos de quitação e as formas de pagamento.
Sobre a recuperação judicial
A Polishop, tradicional rede de lojas de eletrodomésticos, enfrenta um momento delicado. Com dívidas que ultrapassam R$ 395 milhões, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, sob a tutela do juiz Paulo de Oliveira Filho.
📄 A decisão de recorrer à Justiça foi tomada após tentativas frustradas de renegociar os débitos com credores. Como já adiantado pelo Investidor10, a maior dificuldade reside na resistência dos shoppings centers, que cobram aluguéis em atraso e se mostraram inflexíveis em relação a acordos de pagamento.
Essa medida foi uma antecipação dos efeitos do processamento da recuperação judicial, uma ação emergencial para proteger a empresa enquanto preparava a documentação necessária para o processo formal. A situação da Polishop agravou-se significativamente nos últimos anos.
Apolinário descreveu em uma entrevista no ano passado que a crise financeira é a mais severa já enfrentada pela rede. Os sócios chegaram a vender ativos valiosos, incluindo uma aeronave por R$ 250 milhões, dos quais R$ 100 milhões foram reinvestidos na empresa para tentar estabilizar sua estrutura de capital em 2022 e 2023.
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