Riscos no Private Equity: veja quais são

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Publicado em 05/12/2020 às 23:01h - Atualizado 3 anos atrás Publicado em 05/12/2020 às 23:01h Atualizado 3 anos atrás por Redação
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O investimento em Private Equity pode gerar retornos excelentes. Já pensou como seria investir em uma firma como a Amazon ou o Facebook quando ambas ainda estavam começando suas operações e lucrar com o crescimento delas?Seria algo maravilhoso, não é mesmo? Pois é, por meio do Private Equity você pode conseguir uma proeza dessas. Contudo, antes de tentar, você precisa conhecer melhor os riscos no Private Equity.

Quais são os principais riscos no Private Equity?

Todo investimento tem como principal objetivo fazer dinheiro. Você investe R$ 2,00, você espera no mínimo conseguir um valor superior aos R$ 2,00, ou mesmo dobrar seu investimento inicial.Mas, todo investimento tem seus riscos e o Private Equity também tem. Apesar de ter o potencial de gerar retornos extremamente elevados, os riscos no Private Equity são substanciais.Tanto os riscos quanto a necessidade de estudos são maiores. Ou seja, para evitar os riscos existentes no mercado, você precisa gastar um bom tempo estudando as alternativas de investimento.Não dá para sair por aí tentando investir em diferentes empresas ou fundos na expectativa de conseguir um bom lucro do nada.Por mais que o investimento seja de cifras elevadas, os riscos no Private Equity são tão grandes quanto. Mas para conseguir compreender melhor o tamanho do risco, vamos listar aqueles que são os principais. Dentre eles nós temos:

Riscos no Private Equity: Liquidez baixa

Vamos supor que você investiu em um fundo de Private Equity o valor de R$ 100.000,00. O resgate pode ser feito, mas ele pode demorar mais de 30 dias — é comum demorar meses.Ou seja, se você perceber que o negócio não é aquilo tudo que você pensava, para resgatar e alocar o valor em outra aplicação, você pode demorar bastante tempo.A liquidez pode prejudicar bastante o seu investimento e a sua carteira como um todo, ainda mais quando estamos tratando de valores elevados. Fundos de investimento em Private Equity exigem valores de investimento bem altos.Já o investimento direto em uma companhia pode exigir quantias ainda maiores. Muitas vezes, junto do investimento, a sua participação na gestão pode ser algo necessária. Além de dinheiro, o investimento pode consumir o seu tempo.

No investimento direto os riscos no Private Equity são maiores, afinal você terá menos liquidez ainda. Para resgatar seu dinheiro levará meses ou até anos para recuperá-lo por inteiro. São vários os riscos no Private Equity. Foto por Freepik.[/caption]

Riscos no Private Equity: Perdas com o seu investimento

O segundo risco no Private Equity e aquele mais temido é referente às perdas. Você até pode conviver com uma liquidez baixa, mas perder dinheiro é algo bem complicado.Novamente, os valores praticados no Private Equity podem ultrapassar facilmente a quantia dos 100 mil reais. Por isso, perdas dessa magnitude podem desequilibrar o investidor médio e até afetar o seu psicológico, ainda mais se o investidor não contar com um volume financeiro elevado, compatível com esse mundo de Private Equity.

Riscos no Private Equity: Tempo para gestão da empresa

Em alguns casos, quando você entra com dinheiro na empresa, a sua presença no conselho ou algo do gênero pode ser esperada.Observado isso, se você pretende investir em Private Equity sem ser através de um fundo de investimento, é bom ter tempo de sobra para se ocupar com a empresa que pretende investir — além do conhecimento.Vale destacar que a presença do investidor no conselho não é algo obrigatório, mas pode acontecer. Como estamos tratando de valores elevados, não é estranho que algo do gênero possa ocorrer.

Riscos no Private Equity: Quais cuidados ter na hora de investir em um Private Equity?

Como dá para ver, riscos no Private Equity não faltam. Por isso, você precisa tomar muito cuidado ao investir.Uma das primeiras providências pode ser: procurar por um fundo de investimento em Private Equity.Através de um fundo você evita uma “gestão” mais próxima, sem falar que o fundo, provavelmente, terá investimentos em mais empresas. O que permite uma carteira mais diversificada, reduzindo bastante os riscos envolvendo o investimento em Private Equity.

Diversifique seus investimentos

Procurar por fundos de investimento pode ser uma boa alternativa. Através do fundo você terá a oportunidade de ficar bem diversificado investindo em um só lugar.É claro, não são todos os fundos que são bons. Primeiro você precisará encontrar um fundo (que são bem poucos), depois você precisa analisar o mesmo.Se o fundo possui uma carteira com vários investimentos, dá para ver que o mesmo é diversificado. Mas essa diversificação ainda sim pode ser concentrada. Isso significa que, de todos os investimentos, o fundo pode estar concentrando os recursos em uma ou duas participações.Então não basta contar com várias participações, o patrimônio do fundo também precisa estar bem dividido entre os investimentos. Ao ficar atento a esses pontos você evitará correr mais riscos no Private Equity.Diversificação dos investimentos é uma das medidas para reduzir os riscos no private equity.

Diversificação dos investimentos é uma das medidas para reduzir os riscos no private equity. Foto por Freepik.[/caption]

Tempo de liquidação do resgate

Depois de olhar bem a carteira do fundo que você pretende investir, chegou a hora de aplicar os recursos. O fundo é muito bom, mas será que é só isso que você vai ver?Não, é preciso conferir como funciona a liquidação das cotas, caso você deseja sair do fundo. Como estamos tratando de fundos de Private Equity, o tempo para liquidação das cotas provavelmente será bem alto.Dependendo da estrutura do fundo, a saída pode nem existir, uma vez que o investimento é feito dentro da empresa. Muitas vezes o gestor do fundo acaba “ganhando” espaço até mesmo na administração da companhia investida.Por isso você precisa se inteirar de tais informações antes de investir. Se o valor de aporte do fundo for muito alto, esteja preparado para não ver o valor por um bom tempo.Em uma situação assim, dependendo da importância do valor para sua carteira, o investimento pode ser inviabilizado.Quem sabe com um fundo que exige uma entrada menor e que ofereça a possibilidade de sair, aí sim, nós temos uma chance mais interessante de investir.

Área de atuação da companhia

Para aqueles que vão investir em Private Equity de forma direta, fazendo o aporte na empresa, veja bem a área de atuação da companhia.Às vezes a companhia até pode ser boa, mas a área de atuação pode não ser tão interessante assim. Ou até mesmo, um segmento que o investidor desconhece pode se tornar uma grande dúvida no futuro.

Valor do investimento

Vai fazer um aporte de 100 mil reais em um fundo de Private Equity, ou mais? Então veja bem se o valor está compatível com a sua carteira.Por exemplo: observando que o Private Equity pode ter problemas com relação à liquidez e aos riscos envolvendo o negócio em si, você precisa considerar esse investimento altamente arriscado e não pode colocar boa parte do seu patrimônio em tal.Sendo assim, uma pessoa que possui 300 mil reais dificilmente vai investir 100 mil em um Private Equity, mesmo que seja um fundo de investimento.A diversificação é ótima nessas condições, mas, ainda assim, estamos lidando com fatores que podem prejudicar o rendimento do investidor e até colocar o mesmo em situações difíceis.Por isso, uma alocação onde o Private Equity não será maior do que 5% do patrimônio do investidor é um cenário ideal.Se a alocação no fundo deve ser de no mínimo 100 mil reais, então que o seu patrimônio seja de pelo menos 2 milhões de reais.Não estamos falando que os 100 mil reais podem ser perdidos, mas caso ocorra, o valor não será o suficiente para quebrar o investidor.  O negócio é trabalhar com a prevenção. Sem falar que se tudo der certo, você vai conseguir multiplicar o seu dinheiro por muitas vezes, portanto os 100 mil podem se tornar 500 mil ou até mais.Investimento em Private Equity

Foto por Freepik.[/caption]

O Brasil possui opções mais “barata” e similares.

Olhando todos os tipos de investimentos que temos no Brasil com características semelhantes ao Private Equity, nós temos duas opções bem atraentes.Uma opção é por meio da plataformas digitais para investir em startups. Assim, essas plataformas oferece a oportunidade de investir em negócio que estão no início de vida, ou ganhando tração no mercado.

Kria (Venture Capital e Seed Capital)

A Kria não é uma plataforma puramente Private Equity, mas algo em torno de Seed Capital ou Venture Capital, que seriam níveis de empresas ainda mais arriscadas. O Seed Capital seria o estágio onde a empresa está sendo construída e o negócio está sendo colocado em prática. Em alguns casos, nesse estágio quase não se tem lucros ou receitas, portanto, o risco é elevado. Já o Venture Capital está no meio termo entre o Seed e o Private Equity.Enfim, devido aos riscos implícitos nesse tipo de investimento, o aporte precisa ser menor proporcionalmente, observando a sua carteira.Porém, quando nos olhamos as condições de fundos Private Equity, só aqueles que possuem muito dinheiro têm condições de entrar.Na Kria você tem opções a partir de R$ 500,00. Ainda não é um valor baixo, mas já se torna acessível para muitos investidores.Dentro da plataforma, periodicamente, empresas tentam buscar valores para financiar suas operações e aqueles que vão investir recebem uma espécie de apólice.Os valores investidos podem se tornar parte da sociedade ou algum tipo de título de crédito, que dentro de um período poderá ser convertida em ações da empresa ou a devolução dos valores acrescido de juros.Vale destacar que nem todas as empresas que gostariam de contar com recursos de terceiros conseguem levantar capital na Kria. Todo o processo realizado pela plataforma segue alguns critérios, fato que ajuda na hora de investir em boas companhias com boas ideias.

Fundos de investimento em participação (FIP)

Depois das plataformas digitais, nós temos como opção os FIP. Os fundos seguem uma ideia semelhante ao Private Equity.Mas diferentemente, o FIP é negociado em bolsa, sendo mais fácil de liquidar sua posição caso seja necessário. É claro que, observando o mercado de ações e o de FIP, há diferenças grandes entre a liquidez entre os dois.Por mais que ambos os ativos possam ser negociados em bolsa, os FIP são poucos e bem menos líquidos quando comparados às ações.Mas, para aqueles que gostariam de investir pouco, comprando uma ou 10 cotas, por exemplo, aí os FIP são uma boa opção.Existe, inclusive, FIP que já vem distribuindo parte dos lucros aos seus cotistas. Esses fundos em participação, em grande parte, vêm investindo em negócios relacionados a energia e infraestrutura.As empresas que são alvo do investimento já estão em operação, fato que se assemelha bastante com o Private Equity.Lembrando que o Private Equity, diferentemente do Seed e do Venture, está relacionado a empresas que já estão em operação ou até consolidadas em seus respectivos mercadosDe todo modo, os FIP são oportunidades de começar a investir com pouco dinheiro e atenua alguns dos riscos no Private Equity que comentamos. Para aqueles que possuem mais recursos e gostariam de comprar uma posição dentro de uma companhia de forma direta, aí o Private Equity é o caminho.Riscos no Private Equity

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Os riscos no Private Equity

Ao ler todos os pontos destacados, fica claro que os riscos no Private Equity existe e é grande.Em contrapartida, a vantagem de investir em Private Equity é extremamente interessante. Você se tornar um dos primeiros investidores, ou aquele que junto da empresa consegue aumentar os negócios e levar a companhia para a bolsa de valores, pode simplesmente mudar sua vida e tornar você uma pessoa muito rica.Porém, para acontecer tudo isso você terá que realizar uma bela avaliação do negócio que pretende investir.Os cuidados antes do investimento são necessários e funcionam como uma espécie de “garantia”. Aliás, no Private Equity não existe garantias aos investidores, por isso você precisa avaliar bem o alvo do seu investimento e o tamanho do mesmo.Nesse sentido, muitos acabam contratando empresas de due diligence visando reduzir os riscos no Private Equity. Esse é um processo que todas as informações do negócio passarão por um criterioso processo de verificação e as pessoas da gestão também terão seus antecedentes averiguados.Várias empresas de advocacia, consultoria ou mesmo companhias especificas de due diligence são empregadas nesse processo. Porém, são extremamente caras, por isso o Private Equity tem um investimento mínimo muito elevado para o investidor médio.Ainda assim há alternativas para o Private Equity. As plataformas de investimento digital, como a Kria pode ser uma boa, além dos fundos em participação.Essas alternativas não são Private Equity em sua essência, porém, carregam algumas de suas peculiaridades.De todo modo você precisará ser capaz de avaliar as empresas. O primeiro passo é saber interpretar o Balanço Patrimonial delas.Não sabe o que é um BP? Então, clique aqui e conheça sua função no investimento.