Eneva (ENEV3) retoma movimentação de gás em usina de Sergipe

Após falha em outubro, companhia precisou trocar a tubulação que abastece a usina Porto de Sergipe I.

Publicado em 04/01/2025 às 16:59h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 04/01/2025 às 16:59h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa

A usina Porto de Sergipe I, da Eneva (Imagem: Divulgação)

A Eneva (ENEV3) restabeleceu neste início de ano a operação integral da usina termelétrica que mantém em Sergipe. A unidade apresentava problemas na movimentação de gás natural há quase três meses.

⛽ A companhia havia constatado no início de outubro uma falha na tubulação que permite a movimentação de gás natural na usina Porto de Sergipe I. Por isso, precisou trocar a tubulação que conecta a sua plataforma de armazenamento e regaseificação ao gasoduto marítimo que garante o suprimento da usina.

A troca do equipamento foi concluída no último dia 28 de dezembro, permitindo a retomada do abastecimento de gás natural da usina e da injeção do combustível na malha de transporte. Com isso, a usina pôde retomar a sua operação integral em 1º de janeiro.

A Eneva anunciou a normalização da operação nesta sexta-feira (3). Além disso, ressaltou que a usina Porto de Sergipe I não deixou de atender as obrigações contratuais regulatórias, nem os contratos e compromissos de fornecimento de gás vigentes nesses quase três meses de reparo da tubulação. Isso porque foram implementadas ações mitigatórias, inclusive de geração de energia por substituição e de solução de suprimento alternativa.

A usina ainda ganhou um novo cliente neste início de ano: a Cerâmica Capri. A Eneva firmou um contrato para o fornecimento de gás natural no mercado livre para a indústria no final de dezembro, visando maximizar a capacidade do Hub Sergipe, que possui potencial de regaseificação de 21 milhões de m³/dia.

Montanha-russa

📈 Antes mesmo desse anúncio, a semana foi movimentada para a Eneva, devido às regras do próximo leilão de segurança energética do governo federal.

As ações da elétrica derreteram 9,31% na quinta-feira (2), com o mercado avaliando que essas regras limitam a participação da Eneva no leilão de reserva de capacidade previsto para 27 de junho.

Na sexta-feira (3), no entanto, os papeis saltaram 5,45%, com analistas dizendo que o baque anterior foi desproporcional.

Em relatório, o BTG ainda fez críticas às regras definidas pelo governo. Para o banco, "a forma como o leilão foi projetado pode levar o sistema elétrico a contratar capacidade mais cara e arriscada". O BTG disse, então, que uma mudança nessas regras seria "sensata" e ainda poderia beneficiar a Eneva.