Oi (OIBR3) espera que nova recuperação judicial ajude ações
Companhia tem prazo para sair da categoria de penny stocks, mas não avalia grupamento de ações no momento
A Oi (OIBR3) tem até 27 de março de 2024 para fazer com que suas ações voltem a ser negociadas por pelo menos R$ 1. A companhia, contudo, não avalia novos grupamentos de ações no momento. A expectativa é de que a cotação suba com o avanço do novo plano de recuperação judicial.
As ações da Oi estão valendo menos que R$ 1 desde 10 de agosto. A Bolsa brasileira, contudo, pode notificar as empresas cujas ações ficam nesta categoria ao longo de 30 pregões consecutivos. Por isso, a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) enviou um ofício para a Oi cobrando um plano de enquadramento das ações.
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Pelas regras da B3, a Oi tem até 27 de março para sair da categoria de penny stocks, isto é, da lista de ações que valem centavos. Para isso, a Bolsa brasileira recomenda medidas como o grupamento de ações. A Oi, contudo, descartou essa possibilidade no momento.
“A Companhia acredita que a aprovação e homologação do Plano de Recuperação Judicial terão papel fundamental para o futuro da Companhia e trarão visibilidade quanto à sua sustentabilidade de longo prazo, o que deverá se refletir em valorização das ações da Oi, tornando assim desnecessária a realização de grupamento ou de qualquer outra medida para retomada do patamar de R$ 1,00”, afirmou a Oi, em fato relevante publicado nesta quarta-feira (11).
A Oi admitiu, por sua vez, que pode avaliar outras alternativas caso os papeis não fiquem acima de R$ 1 de “forma consistente” com a evolução do processo de recuperação judicial. Em dezembro de 2022, por exemplo, a empresa teve que fazer um grupamento de ações na proporção de 10 para 1 para que os papeis voltassem a valer mais que R$ 1.
Caso não cumpra o prazo determinado pela B3, a empresa ficará sujeita a sanções, como o pagamento de multas. A B3 estabelece regras e prazos para as chamadas penny stocks, ações que valem menos de R$ 1, porque considera que valores muito baixos de negociação trazem volatilidade excessiva aos papeis. Além disso, as ações dessa categoria não podem fazer parte dos índices da B3, como o Ibovespa.
Recuperação judicial
A Oi apresentou um novo plano de recuperação judicial em março de 2023, apenas três meses depois de encerrar o seu primeiro processo desse tipo, que se arrastou de 2016 até o fim de 2022. A companhia reportou uma dívida de quase R$ 44 bilhões para justificar o novo pedido.
Na resposta à B3 publicada nesta quarta-feira (11), a Oi disse que continua negociando intensamente com os seus principais credores. Além disso, afirmou que deverá apresentar uma proposta revisada do atual Plano de Recuperação Judicial o mais rápido possível para que o texto seja analisado pelos credores e pela Justiça. A expectativa é de que o avanço desse plano contribua com a avaliação da empresa na Bolsa.
Sequoia
A Sequoia Logística e Transportes S.A. (SEQL3) também foi notificada pela B3 para reenquadrar o valor de suas ações até o dia 27 de março de 2024. Os papeis da companhia são negociados por menos de R$ 1 desde 14 de agosto de 2023.
Em comunicado ao mercado publicado nesta quarta-feira (11), a Sequoia disse que está executando um plano de recuperação para “retomar o crescimento e recuperar as margens operacionais” do negócio. A expectativa é de que, com essas ações, os investidores reconheçam o potencial e o valor intrínseco da empresa e de que isso se reflita nos preços das ações.
A Sequoia também disse, por sua vez, que “caso necessário, realizará o grupamento de ações de acordo com as orientações da B3 e das deliberações da assembleia de acionistas até a data limite de 27 de março de 2024”.
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