Ibovespa cai e dólar sobe após dados de emprego nos Estados Unidos

Estados Unidos criaram mais vagas do que o esperado em janeiro, afastando a possibilidade de corte de juros em março

Author
Publicado em 02/02/2024 às 18:37h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 02/02/2024 às 18:37h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Ibovespa é o principal índice da B3 (Shutterstock)
Ibovespa é o principal índice da B3 (Shutterstock)

O Ibovespa caiu mais de 1% nesta sexta-feira (2), perdendo o patamar dos 128 mil pontos. O principal índice acionário da B3 recuou 1,01%, aos 127.182 pontos. Com isso, acumulou uma baixa de 1,38% na semana.

💲 Por outro lado, o dólar subiu 1,08% e terminou a sessão negociado a R$ 4,9683, perto da máxima do dia, de R$ 4,9756. A moeda teve uma valorização de 1,18% na semana e já subiu mais de 2,4% em 2024.

Mais uma vez, a economia americana ditou o desempenho dos negócios na B3, com os investidores de olho nas chances de corte dos juros nos Estados Unidos.

Payroll influencia negócios

Publicado nesta sexta-feira (2), o payroll mostrou que os Estados Unidos criaram 353 mil vagas de emprego em janeiro. O resultado ficou acima da expectativa do mercado, mostrando que a economia americana segue forte.

A notícia, apesar de positiva em termos de emprego, pesou nos negócios da Bolsa porque afeta a possibilidade de corte de juros nos Estados Unidos. Com o mercado de trabalho forte, a perspectiva é de que os juros não comecem a cair tão cedo. Afinal, os rendimentos do trabalho podem elevar o consumo e pressionar a inflação.

🇺🇸 O presidente do Fed, Jerome Powell, já disse que os juros americanos devem começar a cair em 2024, mas só depois que o Fed tiver certeza de que a inflação está descendo de forma sustentável em direção à meta anual de 2%. Ele indicou, então, que os cortes só devem começar depois de março.

Leia também: Estrangeiros tiram quase R$ 8 bilhões da B3 em janeiro, entenda

A perspectiva de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos mantém a atratividade dos títulos do governo americano, os Treasuries. Logo, a tendência é de que os investidores apostem nesses títulos e não em ativos de maior risco, como os de países emergentes.

Esse cenário tem provocado uma saída de capital externo da Bolsa brasileira neste início de 2024. De acordo com dados da B3, os estrangeiros retiraram quase R$ 8 bilhões da Bolsa em janeiro.

Petrobras, Vale e Cogna caem

Nem a Petrobras (PETR4) conseguiu se segurar diante da pressão externa. Depois de bater um valor recorde de mercado na quinta-feira (1º), a petroleira viu suas ações preferenciais recuarem 1,3% e as ordinárias, -1,47%, nesta sexta-feira (2).

Vale (VALE3) também caiu. Em mais um dia de queda dos preços do minério de ferro, a minerador caiu 2,03% na B3. Mas o destaque negativo foi da Cogna (COGN3), que desabou 6,94% depois que o BTG Pactual (BPAC11) cortou a recomendação para o papel de neutra para venda.

Veja outras baixas desta sexta-feira (2):

Azul e Gerdau sobem

Por outro lado, o destaque positivo foi da Azul (AZUL4). A aérea liderou os ganhos do Ibovespa, com uma alta de 3,62%, depois que o BTG elevou a recomendação para o papel para compra. Gerdau (GGBR4) avançou 2,38%, com recomendação de compra do Goldman Sachs.

Veja outras altas do dia:

AZUL4

AZUL
Cotação

R$ 11,03

Variação (12M)

-14,23 % Logo AZUL

Margem Líquida

-12,83 %

DY

0%

P/L

-5,86

P/VP

0.65