Petroleira paga taxa equivalente a IPCA+ 9,50% ao ano em debêntures isentas

BTG Pactual vê oportunidade em renda fixa isenta de imposto emitida por empresa que acaba de se fundir na bolsa brasileira

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Publicado em 11/11/2024 às 15:57h - Atualizado 25 dias atrás Publicado em 11/11/2024 às 15:57h Atualizado 25 dias atrás por Lucas Simões
Debêntures incentivadas da 3R Petroleum têm prêmio de crédito atrativo (Imagem: Shutterstock)
Debêntures incentivadas da 3R Petroleum têm prêmio de crédito atrativo (Imagem: Shutterstock)

💰 Os analistas do BTG Pactual enxergam bastante oportunidade de multiplicação do patrimônio aos investidores que toparem emprestar dinheiro às debêntures incentivadas da 3R Petroleum (RRRP13), modalidade de renda fixa isenta de imposto de renda, mas sem a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

Isso porque, neste mês de novembro, a remuneração dessas debêntures está em patamar atrativo, com taxa indicativa de IPCA+ 8,10% ao ano, com preço unitário de R$ 1.070,16, conforme consulta feita na Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) nesta segunda-feira (11).

Tal rentabilidade oferecida pelos títulos de renda fixa isentos da 3R Petroleum são equivalentes ao Tesouro Direto pagando IPCA+ 9,50% ao ano, já que os títulos públicos têm cobrança de impostos, assim como os CDBs, com alíquota de 15% para prazos de resgate superiores a dois anos.

Por sua vez, as debêntures incentivadas contam com isenção de imposto de renda, da mesma forma que as LCAs e LCIs, títulos bancários bastante usados pelos investidores. Ou seja, quando o imposto de renda é considerado no rendimento final do investidor, títulos de renda fixa isentos já saem na frente, preservando a rentabilidade.

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Vale a pena investir nas debêntures da 3R Petroleum?

Ainda que os títulos de renda fixa da 3R Petroleum tenham rating AA dado pela agência da classificação de risco S&P e conte com recomendação de compra dos analistas do BTG Pactual, fato é que a empresa ainda enfrenta um desempenho fraco na bolsa brasileira desde que se fundiu com a Enauta, gerando a nova petroleira Brava Energia (BRAV3).

"Entre os riscos de emprestar dinheiro à 3R Petroleum estão a própria exposição à volatilidade dos preços do petróleo no mercado internacional, com desafios de execução inerente ao aumento de produção, além de entraves regulatórios no setor petrolífero", reconhecem os analistas Frederico Khouri e Luís Gonçalves.

📈 Embora tenha passado por maus bocados no curto prazo, o que importa para os debenturistas é a saúde financeira da petroleira no longo prazo. Nesse sentido, já até há boas notícias para se comemorar, como a retomada da produção de petróleo no campo Papa-Terra.

"Os debenturistas da 3R Petroleum já têm ativos petroleiros operacionais e produtivos, com suas taxas de rentabilidade semelhantes às debêntures da Enauta (ENTA33)e (ENAT24)", comenta a dupla.

No caso, as debêntures têm vencimento no dia 15 de outubro de 2033, pagando juros semestrais em abril e outubro de cada ano. Desde outubro de 2024, a empresa começa a devolver anualmente cada centavo emprestado pelos investidores, cuja emissão foi de R$ 1 bilhão.

A Brava Energia é formada por seis campos de produção de petróleo (Potiguar, Recôncavo, Peroá, Papa Terra, Atlanta e Manati) com uma capacidade de produção de aproximadamente 50 mil barris equivalentes de óleo por dia no início de 2024. Mas, com a retomada de Papa Terra e a entrada do navio-plataforma Atlanta, BRAV3 deve atingir cerca de 80 mil barris equivalentes de óleo por dia, com potencial para atingir acima de 100 mil.

BRAV3

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