Ibovespa sobe e dólar cai quase 1,5% em dia de ajuste
Bolsas mundiais tiveram um dia de recuperação, com o mercado reavaliando chances de recessão nos EUA.
As bolsas mundiais seguiram a máxima de que "depois da tempestade, vem a calmaria" nesta terça-feira (6). Isso porque, após registrarem perdas históricas na véspera, bolsas de todo o mundo tiveram um dia de recuperação.
📈 No Brasil, o Ibovespa subiu 0,80% e fechou aos 126.266 pontos nesta terça-feira (6), mais do que compensando o baque de 0,46% do pregão anterior. Já o dólar recuou 1,48% frente ao real e terminou o dia negociado por R$ 5,65, o menor valor de fechamento de agosto até agora.
Nos Estados Unidos, as bolsas também tiveram um dia de ganhos, com o Nasdaq e o S&P 500 avançando 1,03% e o Dow Jones subindo 0,76%.
Já o índice Nikkei, que havia derretido 12,4% na véspera, saltou 10,3% no Japão. Foi a maior alta diária desde a crise financeira de 2008.
Veja o fechamento de outras bolsas mundiais:
- Kospi (Coreia do Sul): 3,3%;
- ASX 200 (Austrália): 0,4%;
- FTSE 100 (Inglaterra): 0,2%
- Shanghai (China): 0,2%;
- MOEX (Rússia): 0,2%;
- Euro Stoxx (Europa): 0,1%;
- DAX (Alemanha): 0,1%.
A avaliação de especialistas é de que, apesar dos últimos dados da economia americana mostrarem uma desaceleração, o medo de uma recessão tomou conta dos mercados de uma forma exagerada na véspera. Afinal, a economia americana ainda mostra certo dinamismo.
💲 Além disso, os investidores reagiram à ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) no Brasil. Na ata, o Copom disse que não o hesitará em elevar a taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano, caso considere necessário para assegurar a convergência da inflação à meta estabelecida.
Segundo o economista e sócio da Nomos, Alexsandro Nishimura, a ata do Copom "entregou o discurso que o mercado queria ouvir". "Juros em alta, com possibilidade de aumento do diferencial em relação ao exterior, atraiu fluxo de capital e ajudou para a valorização do real, que liderou os ganhos dos emergentes contra o dólar", comentou.
Altas
A redução do temor de uma recessão nos Estados Unidos favoreceu as commodities. Com isso, a Petrobras (PETR4) avançou 1,74% e a Vale (VALE3) subiu 0,51%.
Os bancos também tiveram um dia positivo, impulsionados pelos resultados do segundo trimestre e pela ata do Copom. O Bradesco (BBDC4), por exemplo, saltou 3,31% e o Itaú (ITUB4) ganhou 2,22%.
Veja outras altas do dia:
- Natura (NTCO3): 3,53%;
- Multiplan (MULT3): 3,07%;
- Raízen (RAIZ4): 3,05%.
Baixas
Por outro lado, a perspectiva de uma nova alta dos juros pesou sob as varejistas. Com isso, a Casas Bahia (BHIA3) derreteu 10,24% e o GPA (PCAR3) perdeu 7,17%.
Já a Vamos (VAMO3) tombou 10,03%, mesmo depois de apresentar um lucro líquido ajustado de R$ 205,5 milhões, 92,7% maior do que o do mesmo período de 2023.
Destaque ainda para a Raia Drogasil (RADL3), que recuou 2,33% depois de anunciar uma troca de comando. Em 2025, o CEO da empresa, Marcílio Pousada, será substituído pelo atual vice-presidente de Operações de Farmácias, Multicanal, Expansão, Logística e M&A, Renato Raduan.
Veja outras baixas do dia:
- Petz (PETZ3): -5,09%;
- Prio (PRIO3): -3,18%;
- JBS (JBSS3): 3,10%.
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