Ibovespa cai e dólar vai a R$ 5,74 em dia de pânico nos mercados

Temor de recessão nos Estados Unidos derrubou bolsas de todo o mundo nesta segunda-feira (5).

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Publicado em 05/08/2024 às 17:50h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 05/08/2024 às 17:50h Atualizado 2 meses atrás por Marina Barbosa
Ibovespa caiu menos que muitos índices globais (Shutterstock)
Ibovespa caiu menos que muitos índices globais (Shutterstock)

O temor de uma recessão nos Estados Unidos derrubou bolsas de todo o mundo nesta segunda-feira (5). No Brasil, não foi diferente, mas o baque não foi tão pesado quanto em outros locais.

📉 O Ibovespa chegou a tocar nos 123 mil pontos logo depois da abertura, diante da onda de aversão ao risco que contagia os mercados. Contudo, fechou em queda de 0,46%, aos 125.269 pontos. Ou seja, um tombo menor que o da maior parte das principais bolsas mundiais.

Nos Estados Unidos, o Nasdaq derreteu 3,43%. Já o S&P 500 perdeu 2,99% e o Dow Jones recuou 2,60%. Na Europa, o índice FTSE 100 de Londres caiu 2,04%. Já na Ásia, o índice Nikkei despencou 12,40%. Foi a maior queda da bolsa de Tóquio desde 1987. Por isso, os negócios chegaram a ser interrompidos no Japão, por meio de um circuit breaker.

Veja outras o fechamento de outras bolsas mundiais:

  • Kospi (Coreia do Sul): -8,7%;
  • ASX 200 (Austrália): -3,7%;
  • BSE Sensex (Índia): -2,7%;
  • MOEX (Rússia): -2,4%;
  • Euro Stoxx (Europa): -1,5%;
  • Shanghai (China): -1,5%;
  • DAX (Alemanha): -1,8%;
  • CAC 49 (França): -1,4%.

Leia também: Por que as bolsas estão caindo ao redor do mundo?

Dólar

💵 Já o dólar operou em alta nesta segunda-feira (5), pressionado pelo temor de uma recessão nos Estados Unidos e do aumento dos riscos geopolíticos no Oriente Médio, com a possibilidade de um ataque do Irã a Israel.

A moeda chegou a tocar R$ 5,86 na máxima do dia. Contudo, perdeu força ao longo da sessão e fechou com alta de 0,56%, aos R$ 5,74. Ainda assim, é o maior valor de fechamento desde desde março de 2021, ou seja, em mais de três anos.

Baixas

A onda de aversão ao risco pressionou muitas das empresas listadas na B3. A Weg (WEGE3), que vinha tendo altas sucessivas na bolsa, por exemplo, recuou 1,93%. Da mesma forma, a Embraer (EMBR3) perdeu 1,32%.

Já a Vale (VALE3) caiu 0,52% e a Petrobras (PETR4) fechou com leve queda de 0,08%, mesmo com a queda dos preços internacionais de petróleo pressionando outras petroleiras da B3. A Prio (PRIO3), por exemplo, perdeu 2,91% e a 3R Petroleum (RRRP3), -0,90%.

Veja outras quedas do dia:

Altas

GPA (PCAR3) e Bradesco (BBDC4), no entanto, ignoraram o pânico global e dispararam na B3 nesta segunda-feira (5).

O GPA liderou as altas do dia na bolsa brasileira, com um ganho de 14,98%, diante da possibilidade de que o grupo francês Casino venda sua posição na companhia.

Já as ações do Bradesco avançaram 7,59%, depois de o banco entregar um lucro líquido de R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre.

Veja outras altas do dia: