Vice-presidente da Vale (VALE3) vira réu na CVM; entenda

O processo tem como base o vazamento de informações à imprensa.

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Publicado em 20/03/2024 às 10:45h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 20/03/2024 às 10:45h Atualizado 1 mês atrás por Elanny Vlaxio
(Shutterstock)
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Gustavo Pimenta, vice-presidente de finanças e relações com investidores (RI) da Vale (VALE3), virou réu em um processo sancionador na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Isso significa que a CVM formulou acusações contra ele e o caso agora irá a julgamento. Na abertura do pregão desta quarta-feira (20), as ações da empresa avançavam 0,11%, por volta das 10h30. 

⚖️ Em meio à prolongada saga pela escolha do novo CEO da Vale, o nome de Gustavo Pimenta figurou entre os diversos executivos cotados para substituir Eduardo Bartolomeo. Além de Sérgio Rial, ex-CEO da Americanas (AMER3) e o presidente da Suzano (SUZB3), Walter Schalka.

Entenda o caso

O processo contra Gustavo Pimenta tem como base o vazamento de informações à imprensa sobre a venda de parte da unidade de metais básicos da empresa à Arábia Saudita, segundo apuração do jornal "O Globo". 

📰 A investigação foi iniciada após a divulgação, em 25 de julho de 2023, de uma reportagem no "Valor Econômico", que reproduzia informações do "WSJ" (Wall Street Journal) sobre a iminente finalização do negócio por US$ 2,5 bilhões. A transação só foi oficialmente anunciada alguns dias depois, em 28 de julho

Com o furo do WSJ, no mesmo dia, 25 de julho de 2023, a CVM questionou a Vale sobre a veracidade da informação e os motivos pelos quais a empresa não havia divulgado um fato relevante sobre o assunto.

"Negociações estavam em andamento"

Em resposta à CVM, Gustavo Pimenta afirmou que a companhia vinha manifestando ao mercado desde o ano anterior a intenção de vender parte do negócio de metais. Ele salientou que "as negociações ainda estavam em andamento mas não haviam sido concluídas."

👨 “Da mesma forma, não houve ainda uma decisão definitiva sobre os termos finais do possível acordo, inclusive partes e valores envolvidos, nem aprovação interna, nos termos da governança da companhia”, disse Pimenta. 

Vale lembrar que a mineradora vendeu 13% da sua unidade de metais básicos, por US$ 3,4 bilhões. Embora Pimenta tenha apresentado justificativas à CVM sobre o vazamento de informações, as razões pelas quais a área técnica da Comissão decidiu torná-lo réu no processo ainda não estão claras. Esta é a primeira vez que Pimenta é acusado pela CVM.

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