Lucro da BYD avança 73%, e receita supera Tesla (TSLA34)

A BYD viu sua receita líquida disparar no ano passado, superando a da sua principal rival, a Tesla (TSLA34). Em balanço divulgado na manhã desta segunda-feira (24), a montadora chinesa reportou uma receita de US$ 107 bilhões, com avanço de 29% na comparação anual.

🚘 No mesmo período, a receita da concorrente norte-americana foi de US$ 97,7 bilhões, conforme o respectivo documento, com lucro líquido de US$ 7,6 bilhões. No ano passado, a BYD registrou um lucro de US$ 5,5 bilhões, com incremento de 34% no acumulado de doze meses.

Na comparação só do último trimestre, a BYD conseguiu crescer o resultado 73%, para US$ 2,07 bilhões. O resultado veio acima das expectativas do mercado, que esperava agora abaixo de US$ 2 bilhões.

Houve uma baixa, porém, na margem bruta da fabricante de veículos elétricos, que caiu de 21% para 17% entre outubro e dezembro.

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Nas vendas, a BYD somou 4,2 milhões de veículos, sendo que os totalmente elétricos foram 595,4 mil apenas no quarto trimestre. Esta performance também superou a da Tesla, que vendeu cerca de 100 mil elétricos no período.

Após os resultados, as ações da BYD tiveram uma alta de 1% na bolsa de valores de Shenzhen, na China. Os papéis eram negociados por 375 yuans chineses (equivalente a US$ 52).

Forte demanda

📈 Os números positivos da BYD estão sendo impulsionados por uma forte demanda interna da China por veículos elétricos. Para fomentar a aquisição destes produtos, o governo tem distribuído bilhões de dólares em subsídios, que favorecem as marcas chinesas na concorrência com marcas estrangeiras.

Por isso, a corrida para ser a maior montadora de carros elétricos do mundo continua a todo vapor, mesmo que a vantagem esteja nas mãos da Tesla. Enquanto a empresa de Elon Musk vendeu 1,79 milhão de carros em 2024, a BYD chegou bem próximo, em 1,76 milhão, de acordo com os respectivos balanços, apenas considerando os veículos elétricos.

Esse fato somado a outras questões internas dos Estados Unidos tem feito as ações da companhia americana registrarem baixas inéditas. Desde o começo do ano, os papeis já recuaram mais de 40%.

Nesta segunda (24), houve uma forte recuperação na cotação, com os papeis voltando ao patamar de US$ 270. Não se sabe, porém, se o movimento de alta vai se manter.