Embraer (EMBR3) levanta R$ 3,7 bilhões no mercado europeu
Empresa vai usar recursos para antecipar pagamento de dívidas

Nesta quinta-feira (7), a Embraer (EMBR3) informou uma captação de US$ 650 milhões (cerca de R$ 3,7 bilhões na cotação atual) no mercado internacional. Os recursos foram levantados por meio da subsidiária Embraer Netherland Finance, na Holanda.
💰 O montante foi adquirido a uma taxa anual de 5,9% que representa menos da metade da Selic brasileira. A dívida tem vencimento previsto para 2035 e liquidação marcada para 11 de fevereiro.
Segundo comunicado da companhia, os recursos serão usados para comprar notas de circulação entregues. Na última semana, a companhia abriu um programa para adquirir esses papéis que totalizam US$ 150 milhões.
A agência Fitch atribui nota “BBB-“ à operação da Embraer, ressaltando que a empresa mantém seu posicionamento de liderança no mercado de jatos comerciais. Também destacou que hoje a carteira de pedidos da fabricante brasileira é de US$ 22,7 bilhões.
“A melhora dos indicadores de crédito da Embraer, a robusta posição de liquidez (mantida principalmente fora do Brasil), suas elevadas receitas de exportação, combinadas com algum fluxo de caixa operacional offshore, também sustentam as classificações”, destacaram os analistas.
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Dias movimentados
Os últimos dias foram de bastante novidades para os investidores da Embraer. Cada vez mais, a empresa tem se consolidado como uma das mais importantes da bolsa de valores brasileira.
Nesta semana, a empresa contratou um empréstimo de R$ 2,1 bilhões com o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento). O dinheiro deve ser usado para exportar dezenas de aeronaves E-175 aos Estados Unidos.
Outra novidade foi o contrato recorde de jatos, avaliado em R$ 40,4 bilhões fechado com a Flexjet. Este ficou registrado como o maior acordo aéreo da história global para aeronaves executivas.
Essas e outras notícias fizeram as ações da fabricante saltarem mais de 15% no pregão da última quarta-feira (5). O ticker fechou o dia cotado acima de R$ 66.
Em relatório publicado pela XP Investimentos, os analistas destacaram que o acordo é positivo porque faz uma adição de US$ 7 bilhões à carteira da empresa. Com isso, deve ocorrer uma elevação no número de pedidos atendidos, o que garante uma elevação na receita da Embraer.
“O momento positivo de ordens da Embraer em todas as divisões (ilustrado pela melhora nos números da carteira de pedidos), além das campanhas em andamento para aumentar a penetração dos principais produtos nos principais mercados (as 80 aeronaves da LOT Polish em disputa, como exemplo), também a tornaram uma história de crescimento”, avaliaram Lucas Laghi, Fernando Urbano e Guilherme Nippes.

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