Haddad afirma que 2024 será "ano desafiador" para economia

Fala do ministro da Fazenda foi dita durante o Congresso de Direito Internacional da FGV, em Brasília

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Publicado em 19/10/2023 às 13:00h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 19/10/2023 às 13:00h Atualizado 3 meses atrás por Juliano Passaro
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Valter Campanato/Agência Brasil)
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta quinta-feira (19), durante o Congresso de Direito Internacional da FGV, em Brasília, que o ano de 2024 será "desafiador" para a economia. Por outro lado, o ministro salientou que o Brasil tem "gordura" para fazer cortes nos juros e se adequar ao cenário.

Haddad destacou que as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio têm pressionado os preços, principalmente nos ambientes externos. O Brasil, entretanto, na visão do ministro, pode evitar os impactos negativos dos confrontos em sua economia.

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"O cenário internacional piorou muito e vem piorando. Depois da Covid-19, o mundo está enfrentando uma guerra na Ucrânia, um conflito no Oriente Médio e um recrudescimento da inflação", afirmou Haddad.

"Todo mundo reconhece que 2024 vai ser um ano desafiador. Não se sabe quando as taxas de juros vão começar a cair no mundo, nós temos gordura aqui na política monetária... Nós temos espaço para possíveis novos cortes", complementou o ministro da Fazenda.

Reforma Tributária 

Haddad também falou sobre a reforma tributária. Segundo o ministro, o Congresso deve concluir os trabalhos e aprová-los ainda neste ano. 

Segundo Haddad, o atual sistema tributário brasileiro é o responsável pelo País não ter recebido uma quantia maior de investimentos internacionais. 

"Não temo dizer que não só nós afastamos o investimento estrangeiro, mas esse caos tributário ele é sem sombra de dúvida a razão pela qual a produtividade da indústria brasileira deixa muito a desejar", disse o ministro.

O texto da reforma tributária foi aprovado pela Câmara dos Deputados em julho e, agora, está no Senado.