Em tempos de Pix, cheque ainda tem seu espaço

Depósitos caíram ao longo do tempo, mas parte dos comerciantes ainda prefere as folhas de cheque

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Publicado em 31/03/2024 às 13:00h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 31/03/2024 às 13:00h Atualizado 2 meses atrás por Wesley Santana
Cheque ainda é um meio de pagamento comum no Brasil
Cheque ainda é um meio de pagamento comum no Brasil

💳 Que o Pix se tornou o meio de pagamento mais querido pelos brasileiros, isso já não é nenhuma novidade. O que chama atenção é o velho cheque ainda tem seu espaço nos caixas das empresas pelo país.

Segundo a Febraban, no ano passado, foram mais de 170 milhões de folhas de cheques compensadas. É uma forte queda em relação aos tempos áureos do serviço -em 1995, foram depositados 3,3 bilhões.

A sobrevivência deste meio está mais ligada aos fornecedores de serviços, como os lojistas, do que os consumidores em geral. Isso porque muitos não querem arcar com os custos que as máquinas de cartão cobram sobre cada transação realizada, por exemplo, sobretudo quando envolve parcelamentos.

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“Sempre tem algum comentário quando falo de cheque. Muitos clientes mais novos nunca usaram cheque e estranham pagar com ‘um papel’, são mais difíceis de convencer. Entre os mais velhos, a pessoa fica ali na dúvida na hora de preencher”, conta Danilo Chaves, sócio da Rio Lux Decor, empresa que usa o cheque para negociar valores mais atrativos com os fornecedores.

O veículo segue vivo, também, como forma de garantia, caso das locações de imóveis. Não é difícil encontrar imobiliárias que recorrem ao cheque como calção.

Para Ricardo Vieira, vice-presidente executivo da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), a sobrevivência do cheque também se justifica na questão cultural. Ele lembra que o cartão de crédito é, hoje, o maior financiador do consumo no país, além de eliminar o risco de inadimplência.

E o Pix?

📱 Considerado um dos meios de pagamentos mais modernos do mundo, o Pix já conta com adesão de mais de 160 milhões de usuários, entre pessoas física e jurídica. Segundo dados do Banco Central do Brasil, as pessoas na faixa etária entre 30 e 39 anos são as que mais usam o sistema.

Ao todo, 816 instituições financeiras estão aptas a fornecer o produto aos seus correntistas, e não cobram nada por isso, seguindo as regras para PF. As transferências via chave Pix são as mais usadas pelos consumidores, ainda segundo o BCB.