Andrade Gutierrez e antiga Odebrecht voltam a vencer licitações na Petrobras

As empresas envolvidas na Operação Lava Jato ganharam licitação para obras de complementação de refinaria

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Publicado em 15/03/2024 às 20:00h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 15/03/2024 às 20:00h Atualizado 1 mês atrás por Jennifer Neves
Foto - Shutterstock
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🗣️ Andrade Gutierrez e Novonor, antiga Odebrecht, empresas anteriormente envolvidas em um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil, retornam à refinaria central na trama da Operação Lava Jato. 

Ambas as corporações foram selecionadas como vencedoras no processo de licitação para as obras de complementação da Refinaria Abreu e Lima (Rnes). A fase de construção está prevista para começar no segundo semestre deste ano.

Após o impacto da Operação Lava Jato, que desmascarou um vasto esquema de corrupção nos empreendimentos da Petrobras (PETR3; PETR4), as empresas enfrentaram um período de escassez de grandes projetos. A Odebrecht, por exemplo, lutou judicialmente para evitar a falência e foi obrigada a entrar com um pedido de recuperação judicial. 

Por sua vez, a Andrade Gutierrez passou por um processo de reestruturação e renegociação das dívidas com os credores. Agora, ambas estão de volta ao cenário competitivo.

Segundo informações apuradas pelo Estadão, a Consag, subsidiária da Andrade Gutierrez voltada para o mercado privado, foi a vencedora de dois lotes, denominados A e B, avaliados em aproximadamente R$ 3,9 bilhões. 

Enquanto isso, a Tenenge, empresa da Novonor, também conquistou dois lotes, porém com cifras consideravelmente maiores, ultrapassando os R$ 8 bilhões. Até o momento, a empresa não respondeu às solicitações de comentários. Além dessas duas, outras três empresas foram declaradas vencedoras na licitação, enquanto um lote não recebeu propostas.

Os projetos dizem respeito ao segundo trem da Rnest e visam expandir a produção de diesel S10 de 100 mil para 260 mil barris por dia. A iniciativa tem como meta garantir a autossuficiência nacional desse combustível e foi aprovada pelo Conselho de Administração no ano passado.

Atualmente, a Rnest representa 6% da capacidade total de refino da Petrobras e é responsável por 15% de toda a produção de diesel S10 da empresa.

A Refinaria Abreu e Lima carrega um histórico de corrupção que remonta ao primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), persistindo até o período da administração de Dilma Rousseff.

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