3R ou Enauta: Qual petroleira oferece o melhor retorno para o investidor?

Valores foram calculados levando em conta um investimento de R$ 1.000 aplicado dois anos atrás.

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Publicado em 23/06/2024 às 11:14h - Atualizado 4 meses atrás Publicado em 23/06/2024 às 11:14h Atualizado 4 meses atrás por Elanny Vlaxio
As duas empresas ficaram fora da lista das maiores pagadoras de dividendos no 1º trimestre deste ano (Shutterstock)
As duas empresas ficaram fora da lista das maiores pagadoras de dividendos no 1º trimestre deste ano (Shutterstock)

Em meio à alta do preço do petróleo e à recente fusão entre as petroleiras 3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3), surge a dúvida: qual empresa oferece o melhor retorno para os seus acionistas? A resposta depende do perfil de cada investidor e dos seus objetivos específicos. No entanto, segundo o comparador de ações do Investidor10, o retorno de cada empresa é significativamente diferente.

Para quem busca alto retorno, por exemplo, a ENAT3 se destaca. Caso o investidor tivesse aplicado R$ 1.000 na ENAT3 em 2022, hoje, o retorno seria de R$ 1.144,10, superando a RRRP3, que apresentaria um retorno de R$ 727,80. Já se o mesmo valor tivesse sido aplicado no CDI e no IPCA, o valor seria de R$ 1.264,80 e R$ 1,080,20, respectivamente. 

Apesar do cenário positivo para o setor de petróleo e gás, com a fusão das petroleiras, a RRRP3 e a ENAT3 não figuraram entre as maiores pagadoras de dividendos do Brasil no primeiro trimestre de 2024. Segundo a 42ª edição do Índice Global de Dividendos da Janus Henderson, a Vale (VALE) liderou o ranking, seguida pela Petrobras (PETR4) e pelo Bradesco (BBDC4)

Confira os valores de retornos 

  • ENAT3: retorno de R$ 1.144,10;
  • RRRP3: retorno de  R$ 727,80;
  • CDI: retorno de R$ 1.264,80;
  • IPCA: retorno de R$ 1,080,20. 

E o ranking das maiores pagadoras de dividendos no 1º tri

Sobre a fusão das petroleiras

Em um movimento histórico para o setor de óleo e gás no Brasil, as petroleiras 3R Petroleum e Enauta anunciaram no dia 17 de maio a fusão de suas operações, criando uma nova empresa com potencial para produzir cerca de 100 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia. Avaliada em US$ 1,2 bilhão (ou cerca de R$ 6 bilhões), a fusão marca um passo importante na consolidação da indústria.

Os termos do acordo definem que a 3R deterá 53% da nova empresa, enquanto os acionistas da Enauta ficarão com os 47% restantes. Essa divisão acionária reflete o valor de mercado de cada empresa no momento da fusão.

Além disso, a notícia da fusão foi recebida com entusiasmo pelo mercado. As ações da 3R subiram até 4,1% nas negociações no mesmo dia, enquanto os papéis da Enauta avançaram até  1,7%. Ambas as empresas já acumulavam ganhos de mais de  16% este ano, impulsionadas pelas expectativas em torno da fusão e pela alta do preço do petróleo no mercado internacional.

No entanto, na última terça-feira (18), as duas empresas informaram que não obtiveram quórum necessário para instalar a AGE (Assembleia Geral Extraordinária) para avaliar a proposta de combinação de negócios. Apesar da presença de acionistas representando 30.647.294 ações, equivalentes a 11,63% do capital social, excluídas as ações em tesouraria, o número não foi suficiente para deliberar sobre a fusão.

Diante disso, a Enauta convocará uma nova AGE, em data ainda a ser definida, para discutir e votar a proposta de fusão com a 3R Petroleum. A nova convocação seguirá as diretrizes legais e os acionistas serão comunicados com antecedência sobre a data, local e horário da Assembleia.