Trump admite suspender tarifas sobre automóveis; ações sobem

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considera suspender temporariamente a cobrança de tarifas sobre veículos e peças automotivas.

🚘 Trump impôs uma tarifa de 25% sobre as importações da indústria automotiva no último dia 2 de abril. Contudo, admitiu pausar a taxação nessa segunda-feira (14).

O republicano disse a jornalistas que não costuma mudar de ideia, mas é uma pessoa flexível. Por isso, poderia dar mais tempo para as montadoras se adaptarem a sua política tarifária.

"Estou buscando algo para ajudar algumas montadoras com isso", afirmou.

Ele explicou que essas companhias haviam deslocado parte da sua produção para países como México e Canadá. Agora, estaria avaliando produzir nos Estados Unidos, mas precisavam de tempo para isso.

🗣️ "Vão fabricar aqui, mas precisam um pouco um tempo", declarou.

A possibilidade de um novo recuo da política tarifária americana impulsiona as ações do setor automotivo nas bolsas europeias nesta terça-feira (15).

Os papeis da Stellantis (STLA), a produtora da Fiat e do Jeep, por exemplo, subiam mais de 4,5% na Bolsa de Milão às 12h15 do horário local.

As bolsas asiáticas e europeias também operam em alta, assim como os índices futuros americanos.

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Eletrônicos

Na última sexta-feira (11), o governo americano já havia recuado da taxação de smartphones, laptops e outros equipamentos eletrônicos.

📱 Esses produtos estavam sujeitos às tarifas recíprocas anunciadas por Trump, que chegam a 145% no caso da China. Por isso, empresas como Apple (AAPL34) vinham derretendo na bolsa diante da possibilidade de aumento de custos.

O governo dos Estados Unidos decidiu, então, suspender essa taxação e agora prepara uma tarifa específica para o setor. A medida ajudou as bolsas americanas na segunda-feira (14).

Em conversa com jornalistas, Trump disse que havia conversado e ajudado o CEO da Apple, Tim Cook, recentemente.

Remédios

💊 Trump, por outro lado, indicou que pode criar uma nova tarifa, voltada a produtos farmacêuticos. "Já não fabricamos os nossos próprios medicamentos", queixou-se.

Segundo ele, as companhias farmacêuticas têm concentrado sua produção em países como Irlanda e China. Contudo, poderiam voltar aos Estados Unidos diante da taxação.