Renda fixa isenta de IR puxa mercado de capitais ao recorde em 2024
Captações de janeiro a agosto, de R$ 484,2 bilhões, já superam todo o ano passado

💸 O dinheiro emprestado pelos investidores de renda fixa, sobretudo nas emissões de debêntures incentivadas isentas de imposto de renda, levaram o mercado de capitais brasileiro a superar um recorde em 2024.
Isso porque as captações de todo o mercado já somam R$ 484,2 bilhões acumulados em 2024, já superando todo o ano de 2023, cujo saldo foi de R$ 467,3 bilhões, conforme dados divulgados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
No detalhe, as debêntures continuam sendo o ativo de maior representação, não somente da renda fixa, mas também deixando para trás com folga os investimentos de renda variável (ofertas de ações e IPOs, por exemplo).
Em 2024, os investidores emprestaram R$ 283,9 bilhões diretamente para as empresas, ao comprar seus títulos de dívida (debêntures) em troca de receberem juros periódicos e a devolução do dinheiro emprestado ao fim do acordo estabelecido.
Só no mês de agosto, as debêntures registraram captação de R$ 27,1 bilhões, o que correspondeu a 57,2% do volume total emitido pelo mercado de capitais brasileiro.
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Renda fixa isenta de imposto de renda
Os títulos de crédito privado isentos de imposto de renda são, de longe, os favoritos pelos investidores pessoa física, apesar de nenhum deles contar a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
No meio da turma, destacam-se as debêntures incentivadas, que captaram R$ 4,6 bilhões no mês passado, após alcançarem em junho um montante próximo do recorde da série histórica, em torno dos R$ 20 bilhões.
🔎 As debêntures incentivadas não sofrem a mordida do leão da Receita Federal, pois é uma forma do governo brasileiro incentivar a execução de projetos de infraestrutura no país por parte da iniciativa privada.
Mas, além das debêntures incentivadas, outros papéis da renda fixa também são isentos de imposto de renda, os títulos de crédito privado securitizados (CRAs e CRIs).
Então, os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) captaram R$ 1,6 bilhão, enquanto os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) tiveram um ligeiro aumento, atingindo R$ 4,2 bilhões em agosto, segundo a Anbima.
A renda fixa ligada ao mercado imobiliário tem sido a predileta dos fundos de investimento (42,8% do volume anual), ao passo que os títulos de crédito privado atrelados ao agronegócio são os favoritos do investidor pessoa física (42,1% do volume anual).

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