Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) lideram perdas na B3, veja detalhes

O desempenho chega após as estimativas do banco Jefferies.

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Publicado em 20/01/2025 às 15:17h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 20/01/2025 às 15:17h Atualizado 1 mês atrás por Elanny Vlaxio
A movimentação foi observada nesta segunda-feira (20) (Imagem: Shutterstock)
A movimentação foi observada nesta segunda-feira (20) (Imagem: Shutterstock)

📊 As ações da Raízen (RAIZ4) e da Cosan (CSAN3) despencaram no pregão desta segunda-feira (20), liderando as perdas no Ibovespa. Às 13h44 (horário de Brasília), a ação da Raízen era negociada a R$ R$ 1,93, apresentando uma desvalorização de 5,39%. Já as ações da Cosan recuaram 1,21%, cotadas a R$ 53,83.

O desempenho negativo das ações das duas empresas chega após as estimativas do banco Jefferies, que reduziu os preços-alvo para ambas as companhias, mantendo, no entanto, recomendação neutra. Conforme análise do banco, a alienação da participação da Cosan na Vale, apesar de gerar uma significativa perda, possibilita uma redução substancial em seu endividamento, estimada em cerca de 40%.

“A medida faz mais sentido quando se considera a atualização operacional fraca do quarto trimestre de 2024 da Raizen, principal geradora de dívida da Cosan. A desalavancagem da estrutura é crucial tanto para a Raizen quanto para a Cosan, e esperamos mais progressos no curto prazo”, comentam os analistas Alejandro Anibal e Pedro Baptista.

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🗣️A venda da participação da Cosan na mineradora gerou R$ 9,1 bilhões em caixa, mas com uma perda de 40%. Segundo o Jefferies, essa decisão reduz o endividamento da holding, liberando espaço para as subsidiárias Raízen e Rumo reduzirem suas dívidas e até mesmo para potenciais desinvestimentos em ativos como Compass e Moove.

Do outro lado, em seu relatório operacional preliminar do terceiro trimestre da safra 2024/2025, divulgado na última sexta-feira (17), a Raízen informou uma redução de 26,6% na quantidade de cana moída em comparação ao mesmo período da safra anterior, totalizando 13,8 milhões de toneladas.

📊 As vendas de açúcar próprio totalizaram 1,168 milhão de toneladas no período, apresentando uma redução de 10,1% em relação ao mesmo trimestre da safra anterior. O preço médio por tonelada ficou entre R$ 2.400 e R$ 2.550. Por outro lado, as vendas de etanol próprio registraram um crescimento de 21,44%, alcançando 895 mil metros cúbicos, com preço médio entre R$ 2.800 e R$ 2.950 por metro cúbico.

A empresa também comunicou a decisão de encerrar as operações da planta piloto de etanol de segunda geração localizada em Piracicaba (SP). A unidade, inaugurada em 2015, passará a atuar como um centro de pesquisa e desenvolvimento, dedicado a testes e futuros avanços na tecnologia do biocombustível.