Governo reduz previsão de inflação para 3,5% em 2024

O órgão também manteve a estimativa de crescimento da economia em 2,2%.

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Publicado em 21/03/2024 às 21:59h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 21/03/2024 às 21:59h Atualizado 2 meses atrás por Matheus Rodrigues

📊 A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou para baixo a projeção de inflação oficial em 2024, passando de 3,55% para 3,5%.

Simultaneamente, o órgão manteve a estimativa de crescimento da economia em 2,2%. Essas projeções foram divulgadas no Boletim Macrofiscal, publicado nesta quinta-feira (21).

A projeção para a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) está alinhada com a meta de inflação estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o ano, que é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Isso significa que o limite inferior é de 1,5% e o superior é de 4,5%. Para 2025, a estimativa avançou de 3% para 3,1%.

De acordo com a SPE, o impacto do fenômeno El Niño sobre a inflação de alimentos, etanol e tarifas de energia elétrica foi menos intenso do que inicialmente previsto.

Além disso, os reajustes recentes de preços monitorados ficaram abaixo das expectativas, com destaque para licenciamento e emplacamento de veículos, bem como tarifas de energia.

📈 A desaceleração da inflação nos serviços também contribuiu para a revisão para baixo da estimativa.

A SPE destaca ainda que a economia internacional tem influenciado os preços de bens industriais, com a China apresentando excesso de capacidade ociosa, o que beneficia os preços desses produtos.

A projeção para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), utilizado para determinar o valor do salário-mínimo e ajustar aposentadorias, permaneceu inalterada em 3,25% para este ano, o mesmo nível do boletim anterior divulgado em novembro do ano passado.

Já a estimativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui o setor atacadista, o custo da construção civil e o consumidor final, foi reduzida de 4% para 3,5% para o ano de 2024.