Focus: Mercado eleva projeção para o PIB de 2024

Analistas também reduziram a expectativa para a inflação, mas mantiveram previsões para a Selic e o câmbio

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Publicado em 27/02/2024 às 18:11h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 27/02/2024 às 18:11h Atualizado 2 meses atrás por Marina Barbosa
Sede do Banco Central, em Brasília (Shutterstock)
Sede do Banco Central, em Brasília (Shutterstock)

O mercado melhorou a projeção de crescimento da economia brasileira e reduziu a expectativa de inflação para 2024. É o que mostra o Boletim Focus, divulgado nesta terça-feira (27) pelo Banco Central.

PIB

📈 Os analistas do mercado financeiro elevaram pela segunda semana consecutiva a projeção de crescimento da economia brasileira em 2024 e agora projetam um PIB de 1,75% para este ano.

A projeção era de 1,68% há uma semana e de 1,60% há um mês. Já para 2025, a expectativa de alta do PIB foi mantida em 2%.

O PIB de 2023 será divulgado na próxima sexta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O mercado acredita que a economia brasileira cresceu 2,9% no ano passado, enquanto o governo aposta em uma alta de 3%.

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IPCA e Selic

📉 Além disso, mercado reduziu de 3,82% para 3,80% a projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2024. Para 2025, a projeção passou de 3,52% para 3,51%.

Com o ajuste, a expectativa de inflação do mercado fica mais perto do centro da meta que deve ser perseguida pelo Banco Central. A meta é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%, em 2024 e 2025.

Ainda assim, o mercado manteve a projeção para a taxa Selic em 9% em 2024 e 8,50% em 2025. A taxa básica de juros está em 11,25% ao ano atualmente, mas o Copom (Comitê de Política Monetária) antevê novos cortes de 0,5 ponto percentual da Selic nas suas duas próximas reuniões, em março e maio.

A projeção para o câmbio ficou estável em R$ 4,93 em 2024 e R$ 5 em 2025. O Boletim Focus, que normalmente é divulgado nas segundas-feiras, foi publicado com atraso nesta terça-feira (27) em razão da operação padrão dos servidores do BC, que estão em negociação salarial com o governo.