Dona do Burger King, Zamp (ZAMP3) cai 14,29% na B3, entenda

Dona do Burger King no Brasil, a Zamp (ZAMP3) liderou as perdas da B3 nesta sexta-feira (16). O papel afundou 14,29% e terminou o dia cotado a R$ 4,08, no menor nível desde agosto de 2023, depois de ser rebaixado pelo Goldman Sachs.

📉 O banco alemão rebaixou a recomendação para as ações da Zamp de neutra para venda. Além disso, cortou o preço-alvo do papel de R$ 5,70 para R$ 4. O Goldman Sachs acredita, então, que o ativo ainda pode cair mais um pouco, mesmo depois do baque desta sexta-feira (16).

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O Goldman Sachs vê desafios no poder de precificação e crescimento da Zamp. O banco alega que a companhia fez aumentos agressivos de preços no primeiro semestre de 2023. Por isso, agora se encontra em uma posição difícil para competir por vendas e aumentar a rentabilidade do seu portfólio.

🍔 O banco reconhece que a Zamp tem um histórico de recuperação, mas destaca que esses desafios aparecem em um momento de crescimento de um dos seus principais concorrentes: a Arcos Dorados (ARCO), maior franquia de McDonald's do mundo. Para o Goldman Sachs, a Arcos está em uma posição confortável para conquistar ainda mais vendas no primeiro semestre de 2024.

Diante dessa avaliação, o banco acredita que a Zamp pode ter que desacelerar o seu crescimento e reduziu a projeção para o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia para 6% em 2024. A Zamp vai apresentar os resultados de 2023 no dia 7 de março.

Waiver em debêntures

Ainda nesta sexta-feira (16), a Zamp anunciou que os titulares de debêntures da 8 e 9ª emissão da companhia aprovaram a concessão de anuência prévia para a não decretação do vencimento antecipado de todas as obrigações constantes nas escrituras dos títulos. Ou seja, um waiver ou perdão temporário. A companhia pode ter que pagar um prêmio de 0,2% aos debenturistas por causa disso.

Fora do Novo Mercado

O baque de 14,29% da Zamp foi o maior da B3 nesta sexta-feira (16). Contudo, não foi o maior tombo da Zamp em 2024. No dia 4 de janeiro, as ações da companhia derreteram 19,31%, diante da saída da empresa do Novo Mercado da Bolsa e de trocas na sua gestão.

A saída voluntária do Novo Mercado da B3 foi proposta pelo fundo árabe Mubadala, que detém 39,57% das ações da Zamp, e aprovada em assembleia de acionistas. Contudo, não foi bem recebida por todos os acionistas e dirigentes da empresa. Por isso, o então presidente do Conselho de Administração da e um conselheiro independente da companhia renunciaram naquele dia.

No acumulado do ano, as ações da Zamp já caíram mais de 28% na B3, até esta sexta-feira (16).