Vale (VALE3) compra 15% da divisão de minério de ferro da Anglo American

O grupo britânico ainda será responsável pela operação Minas-Rio, mas agora com apoio da mineradora brasileira

Publicado em 22/02/2024 às 14:55h - Atualizado 1 ano atrás Publicado em 22/02/2024 às 14:55h Atualizado 1 ano atrás por Elanny Vlaxio

A mineradora Vale (VALE3) assinou um acordo para adquirir 15% de participação acionária da Anglo American Minério de Ferro Brasil S.A, nesta quinta-feira (22). Por volta das 15h, as ações da Vale avançavam 1,07%, e eram cotadas a R$ 67,18.

O acordo faz referência ao complexo Minas-Rio, que pertence à Anglo, juntamente com os recursos da Vale da Serra da Serpentina, em Minas Gerais.

A parceria das duas empresas acontece em meio a indefinição sobre o comando da mineradora brasileira e a suspensão da licença de operação da mina de Sossego, da Vale, pela Secretaria do Meio Ambiente do Pará.

Sobre a operação

📋 A Vale contribuirá com US$ 157,5 milhões, sujeitos à ajustes da dívida líquida e à variação do capital de giro, para recursos de minério de ferro de alto teor da Serpentina.

Após a conclusão da transação, prevista para o final de 2024, a Vale irá receber sua parcela proporcional da produção do Minas-Rio.

"Se a média do preço de referência do minério de ferro permanecer acima de US$ 100/t ou abaixo de US$ 80/t por quatro anos, um ajuste no valor de pagamento será realizado para a Anglo American ou Vale, respectivamente, em linha com uma fórmula acordada e dentro de certos limites", informou a mineradora em comunicado.

🌳 A operação ainda será controlada pelo grupo britânico Anglo American, que poderá utilizar a linha férrea da Vale e o Porto Tubarão (ES) para transportar a produção.

No entanto, a mineradora brasileira irá colaborar com o valor em dinheiro para recursos estimados em 4,3 bilhões de toneladas.

''A oportunidade de formar uma parceria com a Vale para garantir um recurso de minério de ferro de alto teor desta escala e qualidade, próximo ao Minas-Rio, é atrativa - especialmente com todas as sinergias físicas de nossas infraestruturas de mineração e processamento para criar uma operação única otimizada, combinada com a opção de acesso à logística de porto e ferrovia da Vale", afirmou Ducan Wanblad, presidente global da Anglo American.