Petrobras (PETR4): CEO diz que é hora de controlar os custos, entenda
Segundo Magda Chambriard, a queda dos preços internacionais do petróleo traz "desafios adicionais" para a companhia.

A Petrobras (PETR4) deve "apertar os cintos" para poder continuar entregando bons resultados diante da recente queda dos preços internacionais do petróleo.
O aviso foi dado pela presidente da companhia, Magda Chambriard, na apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2025, nesta terça-feira (13).
🗣️ "Quando o preço (do petróleo) desce, é hora de apertar os cintos", declarou.
Magda Chambriard lembrou que o barril do tipo Brent, que chegou a ser negociado acima dos US$ 80 no início do ano, agora é vendido por cerca de US$ 65.
Ela disse, então, que o cenário é "desafiador", já que os resultados da companhia são afetados pelos preços internacionais do petróleo. E, por isso, exige "austeridade e controle geral de custos".
⛽ "Esse cenário desafiador de US$ 65 o barril exige de nós simplificação de projetos, garantia de boas margens de comercialização de produtos, significativa redução de custos e muita cooperação entre as diversas áreas da companhia em prol dos melhores resultados possíveis para o nosso negócio", afirmou.
Segundo ela, o objetivo da Petrobras é continuar explorando, produzindo e comercializando petróleo e derivados com a melhor margem de lucro possível, mas também buscar "disciplina de capital" e a "maior redução de custos possível".
Magda garantiu ainda que não haverá "gastança" na companhia e, diante disso, disse que os investidores da Petrobras podiam ficar "tranquilos".
Revisão do Plano de Negócios
Diante desse cenário, a Petrobras deve até revisar o Plano de Negócios 2026/2030 para incorporar esses "austeros desafios impostos pela queda dos preços".
"Vamos fazer isso com medidas de preservação de caixa, redução de custos e disciplina de capital. Isso é parte dos nossos valores e do nosso compromisso com o Brasil e com nossos investidores, sejam eles governamentais ou privados", antecipou Magda.
📊 O objetivo, segundo ela, é ter gastos "em níveis adequados" a este patamar de preços, mas continuar investindo, sobretudo em projetos mais rentáveis, para seguir "gerando empregos, pagando tributos, movimentando a economia e ganhando dinheiro para nossos investidores".
A Petrobras pretende, por exemplo, perfurar 50 poços exploratórios nos próximos anos. Afinal, a avaliação de Magda Chambriard é de que "uma companhia de petróleo não tem futuro sem exploração".
Ela destacou o potencial do Pré-Sal e da Bacia de Pelotas. Além disso, voltou a defender a exploração da Margem Equatorial.
A companhia ainda vem investindo em novos produtos, sobretudo voltados ao mercado de baixo carbono, lembrou Magda, em teleconferência com analistas.

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