Governo dos EUA processa Live Nation (L1YV34) por monopólio em eventos

Empresa diz que afirmação é ‘absurda’ e ataca governo Biden

Publicado em 23/05/2024 às 14:58h - Atualizado 9 meses atrás Publicado em 23/05/2024 às 14:58h Atualizado 9 meses atrás por Wesley Santana

O governo dos Estados Unidos protocolo uma ação judicial contra a promotora de eventos Live Nation (L1YV34).

⚖️ O Departamento de Justiça e mais 24 estados alegam que a companhia mantém um monopólio no segmento de promoção de eventos e vendas de ingressos. Na análise dos órgãos, isso gera preços e taxas mais altas aos consumidores.

“Alegamos que a Live Nation se utiliza de condutas ilegais e anticompetitivas para exercer controle monopolístico sobre o mercado de eventos dos Estados Unidos às custas dos fãs, artistas, empresas menores e casas de shows”, diz o processo.

Uma das teses usadas para apresentar a ação é que a companhia e suas subsidiárias fecham contratos de longo prazo com casas de show e estádios, o que impede que concorrentes acessem os mesmos lugares. Neste ponto, eles destacam ainda um suposto “conluio” com a Oak View Group, que opera espaços como a UBS Arena, em Nova Iorque.

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A Live Nation é investigada pela Justiça norte-americana desde 2022, quando organizou a The Eras Tour, de Taylor Swift. Estima-se que o grupo empresarial tenha a metade do setor de eventos no país e que sua subsidiária, a Ticketmaster, até 80% da venda de ingressos.

Em nota à imprensa, a Live Nation afirmou que o processo não deve diminuir os custos dos ingressos e que nunca houve tanta concorrência no setor de eventos ao vivo como agora. A companhia ainda declarou que a ação judicial se trata de uma campanha de lobby feita por rivais.

“É absurdo afirmar que a Live Nation e a Ticketmaster estão exercendo poder de monopólio”, disse. “Um princípio central desses populistas é que o antitruste deve ter como alvo empresas que cresceram o suficiente para que, de alguma forma nebulosa, "dominem" os mercados – mesmo que tenham atingido seu tamanho por meio do sucesso no mercado, e não práticas que prejudiquem os consumidores, que é o foco das leis antitruste”, completou, em referência ao governo Biden.