David Alcolumbre e PT pedem cassação do deputado Gustavo Gayer

Deputado fez postagens consideradas sexistas contra ministra

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Publicado em 15/03/2025 às 15:00h - Atualizado Agora Publicado em 15/03/2025 às 15:00h Atualizado Agora por Wesley Santana
Político eleito pelo Partido Liberal representa o estado de Goiás (Imagem: Shutterstock)
Político eleito pelo Partido Liberal representa o estado de Goiás (Imagem: Shutterstock)

Nesta semana, o deputado federal Gustavo Gayer (PL) fez uma série de postagens pejorativas citando a nova ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Por meio das redes sociais, ele insinuou que ela estaria sendo oferecida como uma “garota de programa” ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre por Lula, e sugeriu a formação de trisal com o também deputado Lindbergh Farias, atual namorado de Gleisi.

A declaração de Gayer veio no contexto de um comentário de Lula sobre a nomeação da deputada gaúcha para a articulação política. O líder do Planalto disse que ela era uma “mulher bonita” e por isso foi colocada para fazer a conexão do Planalto com o Congresso.

Tanto a fala de Lula quanto a de Gayer não foram bem recebidas em Brasília, iniciando um debate em torno do machismo na política. No entanto, as postagens do parlamento reverberam ainda mais em razão do tom e do conteúdo usado para se referir à Gleisi.

Depois das postagens do deputado, Alcolumbre afirmou que está analisando a possibilidade de denunciar Gustavo ao Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar. “Está com os advogados, analisando a representação sobre a fala do deputado federal em relação ao episódio que envolve um deputado federal, um senador e um ministro de estado. O que está dificultando no Brasil é as pessoas agredirem as outras sem medir o que estão falando”, destacou Alcolumbre.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, ligou para Gayer e o convocou para uma conversa em Brasília na próxima terça-feira (18). O PT, partido do qual Gleisi é filiada, entrou com um pedido de cassação contra o parlamentar do PL eleito pelo estado de Goiás.

Por meio de nota à imprensa, o deputado afirmou estar tranquilo. “Sei que isso não passa de uma tentativa de tirar o foco da abominável fala do Lula e do fato de o PT ter ficado em silêncio no dia que o presidente desrespeitou a ministra. Se isso realmente chegar ao conselho, o que acho difícil, eu vou apenas pedir para que me mostrem onde foi exatamente que eu ofendi ou ataquei a Gleisi”, afirmou.