Mercado vê dólar e inflação mais altos em 2024, mostra Focus

Os analistas ainda voltaram a elevar a projeção de crescimento da economia brasileira neste ano.

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Publicado em 19/03/2024 às 15:51h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 19/03/2024 às 15:51h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
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O mercado financeiro voltou a elevar as projeções para a inflação e o crescimento da economia brasileira em 2024. Além disso, passou a prever um dólar mais alto no fim do ano. É o que indica o Boletim Focus publicado nesta terça-feira (19) pelo BC (Banco Central).

Dólar

💵 Depois de três semanas sem alterar as projeções para o dólar, o mercado elevou de R$ 4,93 para R$ 4,95 a expectativa para a moeda em 2024. O ajuste ocorre em meio à alta do dólar, que fechou acima de R$ 5 pela primeira vez desde outubro nesta segunda-feira (18).

O mercado, por outro lado, manteve as projeções para o dólar nos próximos anos. Veja:

  • 2025: R$ 5,00;
  • 2026: R$ 5,04;
  • 2027: R$ 5,10.

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Inflação e juros

O Focus ainda mostra um ajuste nas expectativas de inflação. A projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2024 subiu pela segunda semana consecutiva. Desta vez, de 3,77% para 3,79%.

📈 A expectativa para o IPCA de 2025 também subiu, de 3,51% para 3,52%. A meta de inflação a ser perseguida pelo BC em 2024 e 2025, no entanto, é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais e para menos.

A projeção para a inflação de 2026 e 2027, por sua vez, continuou em 3,5%. O mercado também não alterou as projeções para a taxa básica de juros da economia brasileira.

Segundo o Focus, a expectativa é de que a taxa Selic termine este ano em 9% e seja mantida em 8,5% nos próximos três anos. A Selic está em 11,25% atualmente, mas deve cair para 10,75% nesta quarta-feira (20).

PIB

O mercado ainda elevou pela quinta semana consecutiva a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2024. A expectativa de crescimento da economia brasileira passou de 1,78% para 1,8%, em meio a dados que sugerem uma atividade aquecida no início do ano. Já para os próximos três anos, o mercado vê uma alta de 2% do PIB do Brasil.

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