Em ato no Rio, Bolsonaro pede anistia para presos no 8 de janeiro

Políticos presentes também criticaram governo Lula

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Publicado em 16/03/2025 às 13:56h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 16/03/2025 às 13:56h Atualizado 1 minuto atrás por Wesley Santana
Apoiadores estavam vestidos de verde e amarelo (Imagem: Shutterstock)
Apoiadores estavam vestidos de verde e amarelo (Imagem: Shutterstock)

Em protesto convocado por Jair Bolsonaro, milhares de pessoas foram às ruas do Rio de Janeiro neste domingo (16). O ex-presidente pede pela anístia dos presos nos atentados de 8 de janeiro, quando os prédios dos Três Poderes foram invadidos.

🗣️ Além de Bolsonaro, governadores de estados também participam dos protestos: Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Tarcísio Freitas (São Paulo), Jorginho Melo (Santa Catarina), Mauro Mendes (Mato Grosso). Além deles, outras figuras políticas, como deputados e senadores acompanharam a carreata que fechou as ruas de Copacabana, na Zona Sul carioca.

Durante seus discursos, Bolsonaro criticou a gestão de Lula e fez diversas comparações com o seu governo, finalizado em dezembro de 2022. Os organizadores e manifestantes vestiam, em sua maioria, roupas verdes e amarelas -com alusão à bandeira do Brasil- e levantavam cartazes contra as prisões.

Segundo o STF (Supremo Tribunal Federal), 480 pessoas já foram condenadas no âmbito das investigações sobre os ataques antidemocráticos. As penas para os crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado chegam a 17 anos.

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Os ataques de 8 de janeiro foram organizados por redes sociais, que resultaram na depleção de vários órgãos públicos em Brasília. As invasões se deram no contexto do fim das eleições de 2022, quando Bolsonaro saiu derrotado por Lula.

Segundo a Advocacia-Geral da União, os danos ao patrimônio público somam mais de R$ 26 milhões. Além disso, houve danos também ao patrimônio histórico e cultural do país.

Inflação

📈 Embora o ato tenha sido em favor da anistia, houve momentos em que os políticos também recorreram a outros temas para falar aos apoiadores. Tarcísio Freitas, por exemplo, fez discursos falando sobre a inflação no Brasil, e atacou o presidente Lula.

“Ninguém aguenta mais inflação porque tem um governo irresponsável que gasta mais do que deve. Ninguém aguenta mais o arroz caro, o feijão caro, a gasolina cara, o ovo caro”, disse o governador, alfinetando ainda a promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de picanha barata. “Se está tudo caro, volta Bolsonaro”, disse.

Jair está inelegível até 2030, depois de uma condenação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação. Além disso, o ex-mandatário do Executivo é investigado no âmbito das denúncias do ataque dos Três Poderes.