BRF sobe 10,9% e Azul cai 15,8%: Veja os destaques da semana

Empresas são afetadas pelo dólar, que avançou 1,12% na quinta semana consecutiva de alta.

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Publicado em 22/06/2024 às 08:33h - Atualizado 7 meses atrás Publicado em 22/06/2024 às 08:33h Atualizado 7 meses atrás por Marina Barbosa
Dólar fechou a R$ 5,44 (Shutterstock)
Dólar fechou a R$ 5,44 (Shutterstock)

O Ibovespa subiu 1,40% nesta semana, interrompendo uma sequência de quatro semanas consecutivas de perdas. E muitas empresas conseguiram aproveitar essa onda de alívio. A BRF (BRFS3), por exemplo, disparou 10,9% na semana.

🥩 Os frigoríficos foram o destaque da semana no Ibovespa. O setor é beneficiado pela alta do dólar, que subiu 1,12% e terminou a semana cotado a R$ 5,44. Além disso, há uma perspectiva de que a carne brasileira ganhe mais espaço no mercado chinês, já que a China decidiu abrir uma investigação antidumping sobre as importações de carne suína da União Europeia.

Diante desse cenário, a BRF garantiu a maior alta da semana no Ibovespa. Mas outros frigoríficos da bolsa brasileira também subiram. A JBS (JBSS3), por exemplo, avançou 7,6%, a Marfrig (MRFG3) ganhou 6,4% e a Minerva (BEEF3) subiu 5,8%.

Veja outras altas da semana:

Petrobras e Vale sobem

A Petrobras (PETR4) também teve uma semana positiva. A estatal subiu 5,8% na esteira da alta do petróleo, do acordo bilionário firmado com a União para pôr fim a discussões administrativas e judiciais sobre débitos tributários e, sobretudo, da intenção da sua nova presidente, Magda Chambriard, de manter a política de dividendos da empresa.

Magda Chambriard tomou posse na quarta-feira (19) e disse que está totalmente alinhada com a visão de país do governo, mas também fez um aceno ao mercado, prometendo rentabilidade e eficiência para a empresa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou que "ninguém quer que nenhum acionista tenha nenhum centavo de prejuízo".

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Na posse da Petrobras, Lula criticou a Vale (VALE3) pelo não ressarcimento dos danos causados pelo rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais. O governo, por outro lado, tirou a mineradora da lista suja do trabalho escravo.

Além disso, a Vale sofreu um incêndio em uma das correias transportadoras da unidade de processamento de Salobo 3. O fogo foi contido sem vítimas e sem impacto ambiental material, mas afetou a operação. Ainda assim, a Vale manteve as projeções para a produção anual de cobre, bem como para as vendas do segundo trimestre. Com isso, a companhia garantiu um ganho de 0,5% na semana.

Quedas

💵 Se, por um lado, a alta do dólar favorece os frigoríficos; por outro, aumenta o custo das companhias aéreas, que também vêm sofrendo com o aumento dos preços do petróleo. Por isso, a Azul (AZUL4) desabou 15,8% na semana. Foi a maior perda do Ibovespa.

Varejistas também tiveram uma semana difícil, com a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter a taxa Selic em 10,50% e as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos juros e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

O Assaí (ASAI4), por exemplo, derreteu 7,4; o Carrefour (CRFB3) perdeu 6,4% e o Magazine Luiza (MGLU3) caiu 5,4%. Veja outras quedas da semana:

Negócios

A semana ainda teve movimentações no campo dos negócios, como a compra da Phoenix Óleo e Gás pela Azevedo & Travassos (AZEV3). Veja outras notícias da semana:

A semana ainda teve a conclusão dos últimos detalhes do processo de privatização da Sabesp (SBSP3). Com isso, a oferta de ações que vai possibilitar a desestatização da companhia foi lançada na noite de sexta-feira (22).

Já a Kepler Weber (KEPL3) encerrou o programa de ADRs (American Depositary Receipts) lançado no início do ano, depois de não atingir o resultado esperado no mercado americano.

No setor financeiro, o  Nubank (ROXO34) viu seus clientes ameaçarem cancelar suas contas.  Entenda aqui o que aconteceu