Euro

O euro é a segunda moeda mais utilizada no mundo para transações internacionais, reservas cambiais e investimentos. Assim como o dólar, o euro possui duas principais cotações no mercado cambial brasileiro: o euro comercial e o euro turismo.

O euro comercial é usado para transações financeiras de grande porte, como importações, exportações e investimentos internacionais. Já o euro turismo é usado por pessoas físicas em viagens internacionais e pagamentos no exterior, incluindo transações feitas com cartões de crédito.

O euro turismo costuma ser cotado a valores mais elevados devido a taxas adicionais cobradas por bancos e casas de câmbio. No entanto, o euro comercial possui cotação mais baixa, devido ao alto volume das transações comerciais, que possibilitam que as instituições financeiras pratiquem cotações mais competitivas.

Para investidores, o euro comercial é o mais relevante, pois é a taxa utilizada em aplicações financeiras, investimentos no exterior e operações no mercado de capitais. Por exemplo, Fundos cambiais, ETFs Internacionais, contratos futuros e investimentos em empresas europeias.

O euro turismo tem impacto apenas em transações de compra de moeda física para viagens e pagamentos no exterior, enquanto o euro Ptax é mais utilizado como base para liquidação de contratos financeiros e ajustes contábeis.

A influência da taxa de câmbio

A taxa de câmbio reflete a relação entre oferta e demanda por euros: exportações elevadas aumentam a entrada de moeda estrangeira no país, enquanto importações, remessas de lucros ao exterior e investimentos estrangeiros elevam a demanda pela divisa.

Além disso, a cotação do euro é influenciada por fatores macroeconômicos, como política monetária do Banco Central Europeu (BCE), taxas de juros, inflação global e tensões geopolíticas.

Enquanto no Brasil, a valorização ou desvalorização do real frente ao euro impacta diretamente a economia, afetando preços de commodities, custos de importação e exportação e a competitividade das empresas no mercado internacional.

Como analisar a tendência do euro hoje

A tendência do euro é determinada por uma combinação de fatores macroeconômicos e de mercado. Para avaliá-la, é essencial monitorar cinco fatores:

• Política Monetária do BCE: decisões sobre taxas de juros impactam diretamente a atratividade dos investimentos em euro.

• Fluxo de Capital Estrangeiro: a entrada de investimentos na Zona do Euro pode fortalecer o euro, enquanto saídas pressionam sua queda.

• Balança Comercial da União Europeia: superávits aumentam a oferta de euros no mercado global, enquanto déficits a reduzem.

• Risco-País e Cenário Político: instabilidade política e crises fiscais podem afastar investidores, enfraquecendo o euro.

• Inflação Global e Crescimento Econômico: inflação elevada na Zona do Euro pode fortalecer a moeda, enquanto crises globais aumentam a demanda por ativos mais seguros, como o dólar.

Como o euro tornou-se uma das moedas mais fortes

O euro foi introduzido em 1999 como a moeda oficial da Zona do Euro, sendo utilizado atualmente por 20 países da União Europeia. Sua força decorre da relevância econômica do bloco europeu, da confiança dos investidores em sua estrutura financeira e da política monetária centralizada pelo BCE.

O euro é a segunda principal moeda de reserva mundial seguida do dólar, sendo amplamente utilizado em transações internacionais e investimentos globais. A integração econômica entre os países da União Europeia fortalece a moeda, proporcionando estabilidade e liquidez nos mercados.

Euro X Dólar

O euro e o dólar são as duas principais moedas globais, mas o dólar mantém uma posição mais forte devido à sua predominância no comércio internacional e nas reservas cambiais globais.

Atualmente, o dólar representa cerca de 60% das reservas dos bancos centrais ao redor do mundo, enquanto o euro responde por aproximadamente 20%.

Entenda o que faz o euro subir

A valorização do euro pode ocorrer devido a diversos fatores econômicos e políticos, os principais são:

• Aumento das taxas de juros pelo BCE – Quando o Banco Central Europeu eleva os juros, investidores estrangeiros passam a buscar títulos europeus, aumentando a demanda por euros e valorizando a moeda.

• Inflação controlada na Zona do Euro – Uma inflação baixa mantém o poder de compra do euro e reforça sua estabilidade.

• Superávit na balança comercial da União Europeia – Um maior volume de exportações em relação às importações fortalece a economia do bloco e aumenta a demanda pelo euro.

• Crescimento econômico do bloco europeu – Expansão econômica e maior atividade produtiva impulsionam a moeda.

• Crises em outras economias – Se outras moedas, como o dólar, passam por instabilidades, o euro pode se tornar um ativo de refúgio para investidores.