Veja as ações que pagam dividendos acima da Selic a 12,25%
Segundo dados do Investidor10, 17 ações apresentam um DY superior ao novo patamar dos juros.
Embora a nova alta da Selic aumente a atratividade da renda fixa, a bolsa brasileira ainda reserva boas oportunidades para os investidores.
💲 Segundo dados do Investidor10, 17 ações apresentam uma taxa de retorno com dividendos alta o bastante para bater a Selic. Ou seja, um DY (Dividend Yield) superior aos atuais 12,25% da taxa básica de juros da economia brasileira.
A Petrobras (PETR4), por exemplo, vem batendo a Selic desde 2021 e continua nessa lista, pois apresenta um DY de 16,04% no momento. Empresas como Cemig (CMIG4), BMG (BMGB4) e CSN Mineração (CMIN3) também estão entregando um retorno com dividendos superior a 12,25%.
"Ações com DY acima de 12,25% indicam que a empresa distribui uma parcela significativa de seus lucros aos acionistas, oferecendo uma fonte de renda passiva que pode superar os retornos de muitos investimentos em renda fixa", observou a especialista da Valor Investimentos, Viviane Las Casas.
Ela disse, então, que "mesmo com a taxa Selic elevada, investir na bolsa de valores pode ser uma estratégia interessante, especialmente ao considerar ações que oferecem um Dividend Yield superior a 12,25%".
Veja as ações pagadoras de dividendos que podem bater a Selic a 12,25%:
- Syn (SYNE3): 65,81%;
- Allied (ALLD3): 40,08%;
- Panatlântica (PATI3): 25,56%;
- Elektro (EKTR3): 25,18%;
- Ânima (ANIM3): 23,33%;
- Even (EVEN3): 19,94%;
- Vulcabras (VULC3): 18,65%;
- Banco BMG (BMGB4): 18,05%;
- PetroReconcavo (RECV3): 17,40%;
- Comgás (CGAS3): 16,57%;
- Petrobras (PETR4): 16,04%;
- Cemig (CMIG4): 15,70%;
- Copasa (CSMG3): 14,91%;
- CSN Mineração (CMIN3): 14,30%;
- Equatorial Pará (EQPA3): 13,64%;
- Banco Pine (PINE4): 13,55%;
- Odontoprev (ODPV3): 13,30%.
O que observar além do DY?
O chamado DY (Dividend Yield) calcula o rendimento obtido por uma ação através dos proventos distribuídos pela empresa nos últimos 12 meses.
🔎 Por isso, o ranking dos maiores DY da B3 pode ajudar o investidor a recalibrar a sua carteira neste novo cenário de juros, mas não deve ser o único guia. Afinal, retorno passado não é garantia de retorno futuro.
Fatores como a distribuição de dividendos extraordinários e uma forte queda dos preços das ações podem impulsionar momentaneamente o DY de uma empresa, por exemplo. Por outro lado, o DY pode diminuir se a ação tiver uma forte valorização na bolsa e a empresa continuar pagando o mesmo montante de dividendos.
Por isso, os investidores também devem observar outros fatores antes de tomar uma decisão de investimento, como possíveis alterações na política dividendos da companhia, o desempenho da ação nos últimos meses e as perspectivas de lucratividade para os próximos 12 meses.
"Investir em ações com alto Dividend Yield pode ser uma boa opção, mas requer análise cuidadosa. É importante considerar a sustentabilidade dos dividendos, as condições econômicas, a saúde financeira da empresa e o potencial de valorização do ativo", destacou Viviane Las Casas.
Veja as dicas da especialista para quem quer investir em ações pagadoras de dividendos:
- Sustentabilidade dos dividendos: Verifique se a empresa possui lucros consistentes, baixo nível de endividamento e boa capacidade de geração de caixa. Essas características indicam uma maior probabilidade de manutenção ou aumento dos dividendos no longo prazo.
- Setor de atuação: Alguns setores são mais resilientes em períodos de juros elevados, como os de seguros, energia elétrica e bancos. Empresas como BB Seguridade (BBSE3) têm sido destacadas por analistas devido a sua solidez e capacidade de se beneficiar em cenários de juros altos.
- Perspectivas econômicas: Considere o impacto do ambiente macroeconômico sobre a empresa. Setores mais sensíveis ao custo do crédito, como imobiliário e consumo, podem enfrentar maiores desafios, enquanto setores defensivos tendem a performar melhor.
- Valorização do ativo: Além dos dividendos, avalie o potencial de valorização da ação. Empresas que pagam bons dividendos, mas que apresentam quedas significativas no preço de suas ações, podem não oferecer um retorno atrativo no longo prazo.
Selic pode chegar a 14,25% em 2025
O Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica de juros da economia brasileira em 1 ponto percentual nesta quarta-feira (11). Com isso, a Selic chegou a 12,25%. É o maior patamar em aproximadamente um ano.
🏦 Além disso, o comitê indicou que a Selic pode chegar a 14,25% em março do próximo ano. Isso porque, caso não haja mudanças significativas no cenário econômico, o Copom antevê mais duas altas de 1 ponto de percentual dos juros.
Diante desse cenário, a recomendação da especialista Viviane Las Casa é de que os investidores adotem uma abordagem diversificada e uma alocação tática para equilibrar riscos e retornos.
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