Oi (OIBR3): Justiça suspende falência e empresa volta para recuperação judicial

O Itaú alegou que a Oi não conseguiu executar o plano de recuperação porque não vendeu ativos importantes.

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Publicado em 14/11/2025 às 12:04h - Atualizado Agora Publicado em 14/11/2025 às 12:04h Atualizado Agora por Elanny Vlaxio
O Bradesco e o Itaú haviam entrado com recurso contra a decisão (Imagem: Shutterstock)
O Bradesco e o Itaú haviam entrado com recurso contra a decisão (Imagem: Shutterstock)
Nesta sexta-feira (14), a Justiça do Rio de Janeiro suspendeu os efeitos da falência da Oi (OIBR3), que havia sido decretada na última segunda-feira (11). A decisão é da desembargadora Mônica Maria Costa, da 1ª Câmara de Direito Privado do RJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro), e atende a um pedido do Itaú (ITUB3), segundo informações do "G1".
O Itaú alegou que a Oi não conseguiu executar o plano de recuperação porque não vendeu ativos importantes, conhecidos como UPIs (Unidades Produtivas Isoladas). De acordo com o banco, a decretação de falência agora acarretaria “prejuízos potencialmente mais graves não apenas aos credores, mas ao interesse público”, uma vez que a empresa segue responsável por serviços essenciais. 
Na análise do pedido, a desembargadora entendeu que havia elementos para justificar a suspensão. Ela destacou existir “verossimilhança nas alegações” do Itaú e a possibilidade de um dano mais amplo se a falência continuasse valendo.  Com a suspensão, o processo volta ao regime de recuperação judicial, seguindo o plano aprovado pelos credores em 2024 e permitindo uma liquidação organizada dos ativos.
Dias atrás, o Bradesco (BBDC4) e o Itaú haviam entrado com recurso contra a decisão. Segundo o site Broadcast, o Bradesco defendia que a falência da operadora não representava a solução mais benéfica para os credores e ainda colocava em risco os serviços essenciais prestados pela empresa.

Sobre a falência 

Na última segunda-feira (10), a Justiça do Rio de Janeiro decretou a falência do Grupo Oi. Os papéis desabaram 35,71%no mesmo dia. A decisão foi tomada após a gestão judicial da companhia afirmar que a Oi não tinha mais condições de manter suas operações. 
O documento destacava que a operadora se encontra com dívidas que ultrapassam R$ 1,7 bilhão. Segundo a magistrada, a Oi já não possuia capacidade financeira de cumprir seus compromissos e estava em situação de “liquidação substancial”, como uma das hipóteses que justificavam a falência.