ETFs de fundos imobiliários e FI-Infras podem pagar dividendos? B3 diz que sim

Bolsa de Valores brasileira autoriza a distribuição de dividendos mensais aos que escolheram os ETFs como forma de investir em imóveis e projetos de infraestrutura

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Publicado em 11/03/2025 às 16:38h - Atualizado 10 horas atrás Publicado em 11/03/2025 às 16:38h Atualizado 10 horas atrás por Lucas Simões
ETFs são fundos de investimentos negociados em bolsa, ou seja, o seu dinheiro está aplicado em diferentes ativos de uma só vez (Imagem: Shutterstock)
ETFs são fundos de investimentos negociados em bolsa, ou seja, o seu dinheiro está aplicado em diferentes ativos de uma só vez (Imagem: Shutterstock)

💰 Quem investe nos famosos fundos imobiliários (FIIs) já está acostumado a receber dividendos mensais, um mecanismo de remuneração aos cotistas que também se estende aos fundos de infraestrutura, os chamados FI-Infras. Mas, já parou para pensar se os ETFs (Fundos Negociados na Bolsa, na sigla em português) que investem nesses setores também distribuíssem proventos mensais?

Pois, a B3 (B3SA3) já autorizou que tanto os ETFs que aplicam em FIIs quanto os que investem em FI-Infras possam a partir desta terça-feira (11) pagar dividendos isentos da cobrança de imposto de renda (IR) aos seus cotistas, da mesma forma que os investidores que aportam individualmente em FIIs e FI-Infra já recebem os seus respectivos proventos.

No exterior, os ETFs já são muito mais populares do que aqui no Brasil, pois além de já estarem no mercado há mais tempo por lá, desde 1993, os fundos negociados em bolsa gringos há tempos também pagam dividendos em dólar aos seus cotistas.

Ainda são poucas as opções de ETFs Nacionais, o que faz com que muitos brasileiros ainda se vejam restritos a terem de comprar individualmente ações, fundos imobiliários e debêntures de sua preferência, por não haver um ETF que já ofereça uma cesta de ativos pronta, diversificada e balanceada automaticamente.

➡️ Leia mais: O que são ETFs? E como eles funcionam?

ETFs de FIIs e FI-Infras

Prova disso é que existe apenas um ETF de FIIs listado na B3, o Trend ETF Ifix Fundo de Índice (XFIX11), gerido pela XP Asset, que até então, não era autorizado a distribuir dividendos aos seus cotistas.

📊 Conforme dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil no ETF XFIX11 há dois anos, hoje você teria R$ 1.126,60. A simulação também aponta que o CDI (índice de renda fixa que acompanha a taxa Selic) teria retornado R$ 1.253,40 nas mesmas condições.

No caso dos FI-Infras, se quiser existe até o momento qualquer tipo de ETF listado na B3 que investa exclusivamente em índices atrelados aos fundos de infraestrutura.

O Investidor10 explica que os FI-Infras permitem investir de maneira diversificada em carteiras de debêntures incentivadas, que são títulos de renda fixa isentos de imposto de renda (IR) que ajudam as empresas a financiarem projetos de infraestrutura em troca de pagarem juros compostos pelo dinheiro emprestado.

Como é investir em fundos de infraestrutura?

🏗️ Normalmente, ao se investir individualmente em FI-Infras, o cotista está exposta a empresas que adquirem concessões, que, por sua vez, é a autorização do governo que é dada a uma empresa privada para que ela faça a gerência de uma obra pública, como as estradas, portos, aeroportos, ferrovias, construções de pontes, etc.

Atualmente, o Kinea FI-Infra (KDIF11) é o fundo de infraestrutura que ostenta o maior valor patrimonial da categoria, com saldo de R$ 2,48 bilhões.

Segundo dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em KDIF11 há dois anos, hoje você teria R$ 1.213,00, já considerando o reinvestimento dos dividendos mensais. A simulação também aponta que o Ifix (índice que traz a média de desempenho dos fundos imobiliários mais negociados) teria retornado R$ 1.128,00 nas mesmas condições.

KDIF11

KINEA FI - INFRA
Cotação

R$ 121,61

Variação (12M)

-1,04% Logo KINEA FI - INFRA

Liquidez Diária

R$ 3,25 M

DY

11,61 %

P/VP

1,00