Com Selic em 15%, veja as empresas mais endividadas da B3
Juros altos elevam o custo da dívida das empresas. Logo, podem pressionar seus resultados.

Com a nova alta da Selic, os investidores devem ficar ainda mais atentos ao endividamento das empresas listadas na bolsa.
💲 Afinal, juros altos elevam o custo da dívida das empresas e ainda podem criar dificuldades para o refinanciamento dessas obrigações, colocando em risco os resultados corporativos.
Não foi à toa que a Cosan (CSAN3) derreteu 9% na B3 na última sexta-feira (20), depois da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar a taxa básica de juros para 15% ao ano.
O temor do mercado é de que a nova alta dos juros atrapalhe o processo de reestruturação da holding, que tem trabalhado há meses para reduzir o seu endividamento.
📊 Pensando nisso, a Elos Ayta Consultoria levantou quais são as 10 empresas mais endividadas da B3 a pedido do Investidor10.
O levantamento revela que a Cosan tem a sexta maior dívida da B3: R$ 67 bilhões. A dívida da sua subsidiária Raízen (RAIZ4), contudo, é ainda maior: R$ 68,4 bilhões.
Juntas, portanto, Cosan e Raízen acumulam uma dívida superior a R$ 135 bilhões. O valor só é batido por uma empresa listada na B3: a Petrobras (PETR4).
Veja as empresas que têm as 10 maiores dívidas brutas da B3:
- Petrobras (PETR4): R$ 370,3 bi;
- Vale (VALE3): R$ 92,9 bi;
- Suzano (SUZB3): R$ 91,0 bi;
- Eletrobras (ELET3): R$ 71,0 bi;
- Raízen (RAIZ4): R$ 68,4 bi;
- Cosan (CSAN3): R$ 67,0 bi;
- Marfrig (MRFG3): R$ 63,5 bi;
- Simpar (SIMH3): R$ 59,2 bi;
- Equatorial (EQTL3): R$ 54,4 bi;
- CSN (CSNA3): R$ 53,2 bi.
Recuo do dólar pode ajudar
CEO da Elos Ayta Consultoria, Einar Rivero observou que "esse nível elevado de endividamento, especialmente em um contexto de juros elevados, acende o alerta para o impacto do custo financeiro sobre os resultados dessas companhias".
💵 Ele lembrou, no entanto, que nem todas essas dívidas estão expostas à taxa Selic. Afinal, muitas dessas empresas também captam recursos no exterior e as linhas de crédito internacionais costumam ter juros menores que os praticados no Brasil.
"Isso significa que, mesmo com a Selic em patamar elevado, a pressão sobre o serviço da dívida pode ser mitigada, principalmente para companhias com boa parte de seus passivos em moeda estrangeira, como Petrobras, Vale e Suzano", destacou.
Além disso, a recente queda do dólar ajuda no pagamento das dívidas atreladas à moeda americana. "A queda do dólar contribui para a redução do saldo devedor em reais, gerando ganhos financeiros contábeis que podem inclusive superar os impactos negativos do juro doméstico alto", explicou Einar Rivero.
Selic
O Copom elevou a Selic para 15% ao ano na última quarta-feira (18). Este é o maior nível da taxa básica de juros da economia brasileira em quase 20 anos.
🏦 O comitê ainda avisou que os juros devem seguir em um "patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado". Contudo, indicou que agora deve pausar o ciclo de alta da Selic para analisar os seus desdobramentos.
A expectativa do mercado, portanto, é de que a Selic se mantenha em 15% ao ano até pelo menos o início de 2026.

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