Guia para investir em ações: Muitas pessoas podem pensar que investir em ações é algo muito complicado, ou mesmo uma atividade exclusiva para quem tem muito dinheiro. Isso pode acontecer pelo fato de o brasileiro não ter uma cultura de investimentos. Por isso, não possui o perfil de investidor.

Além disso, a ausência de educação financeira pode levar muita gente a acreditar que investir em ações é algo voltado a um público muito seleto.

Isso confirma-se pelo fato de que quando falamos em Bolsa de Valores, as pessoas logo pensam em algo muito complexo e difícil de entender.

Mas saiba que não precisa ser assim. Pois esse tipo de investimento pode ser uma atividade para qualquer pessoa que, com planejamento e alguns conhecimentos básicos, pode fazer seu dinheiro trabalhar por você.

Dessa forma, seus rendimentos podem, inclusive, te levar a conquistar a tão sonhada independência financeira, algo que pode parecer um sonho distante para pessoas que vivem de salário, e não nasceram ricas.

Investir em ações não é um privilégio de pessoas ricas. É possível começar a investir com pouco dinheiro, e aumentar progressivamente. Também não é um bicho de sete cabeças.

Na medida em que você tiver acesso às informações corretas e necessárias, poderá perceber que investir em ações pode ser fácil, acessível e muito vantajoso.

Se você quer saber mais sobre como investir em ações, mesmo que ainda não tenha conhecimentos sobre o assunto, acompanhe este guia completo. Afinal de contas, aqui você encontra todas as informações que precisa para começar a investir em ações do zero.

Então, descubra agora mesmo através do guia para investir em ações e descubra como investir em ações e fazer o seu dinheiro trabalhar por você!

Entenda como investir em ações
Notebook e celular na mesa – Foto por Unsplash

Guia para investir em ações – O que é uma ação

Guia para investir em ações: A primeira coisa que você precisa saber para começar a investir em ações, é o que vem a ser, de fato, uma ação. Afinal, conhecendo o seu “objeto” de investimento, tudo ficará mais fácil.

Podemos dizer que uma ação é parte de uma empresa, que fica disponibilizada para comércio na Bolsa de Valores.

As empresas dividem seu capital em várias ações. Aliás, algumas podem chegar a dividir seus capitais até em milhões de ações.

Cada uma dessas pequenas partes é uma ação. Uma parte dessas ações é de propriedade dos próprios empreendedores, e a outra parte pertence aos seus sócios.

Quando é interessante para a empresa, pode-se destinar uma terceira parte das ações para negociação na Bolsa de Valores, quando os investidores podem adquirir a quantidade que desejarem.

Quando um investidor detém uma ou mais ações de determinada empresa, ele também se torna um acionista da empresa.

Pode-se dizer que uma empresa abriu o capital quando decide disponibilizar algumas de suas ações para venda. Isso é feito com o objetivo de conseguir mais recursos para a ampliação da companhia.

Já para o investidor, o objetivo que possui ao comprar uma ação, pode ser compartilhar os lucros da companhia. O ganho do investidor pode acontecer quando as ações são valorizadas, ou quando a empresa distribui seus dividendos.

No caso dos ganhos por valorização das ações, eles dependerão da cotação das ações, um valor que pode variar conforme a economia de mercado, de acordo com o crescimento da empresa e podem ser diferentes em diferentes momentos.

Se a pessoa compra uma ação por um valor menor, e depois consegue vendê-las por um preço maior, ela está tendo vantagem no investimento que fez.

No caso da distribuição de dividendos, os valores são pagos pela empresa em valor proporcional ao número de ações que cada investidor possui.

Mas é importante ressaltar que comprar ações é um tipo de investimento de risco. Por isso, é importante estudar com cuidado as empresas que têm chances de dar mais retorno.

Também é importante diversificar a carteira de investimentos, o que deve ser feito com bastante estudo e análise.

Um investidor que decide aplicar em ações, precisa assumir um perfil mais agressivo de investidor.

Pois perfis conservadores tendem a não estar dispostos a correr os riscos que esse investimento oferece. Assim, chamamos esse perfil de investidor que assume um risco de moderado a médio de suitability.

Além disso, é importante conhecer sobre os principais tipos de ações. Uma vez que não há apenas um tipo, mas vários, com características diferentes. Confira nesse guia tudo sobre cada tipo ações.

Contudo, alguns estudiosos afirmam que é possível reduzir os riscos se o investimento for diversificado, optando-se por empresas que pertençam a setores diferentes da economia.

Guia para investir em ações – Como funciona a Bolsa de Valores

Guia para investir em ações: Agora que você já sabe o que é uma ação, é preciso entender como funciona a Bolsa de Valores. Esse é um assunto que a maioria dos brasileiros não domina. Por isso, muita gente acha que é difícil investir em ações.

A Bolsa de Valores é um lugar de negociação de valores mobiliários. Dentre eles, podemos citar as commodities, os títulos públicos e as ações. Na prática, a Bolsa funciona como um intermediário na venda e na compra de partes de empresas.

Assim, os índices da Bolsa auxiliam na análise de mercado, e também são essenciais para quem deseja ganhar dinheiro com investimentos.

Muita gente consegue garantir sua renda integralmente realizando investimentos, sendo essa uma excelente forma de aumentar seus rendimentos, garantir a aposentadoria e até mesmo conquistar a independência financeira. Que é quando você consegue atingir um montante capaz de suprir todas as suas necessidades até o fim da vida, sem precisar trabalhar.

A Bolsa de Valores funciona estruturada por diversos segmentos. Trata-se de um mercado que se organiza para promover a negociação de ativos financeiros.

Dentre os vários segmentos com os quais a Bolsa de Valores opera, podemos citar:

  • O financiamento de veículos;
  • O mercado à vista;
  • O crédito imobiliário;
  • Os derivativos listados;
  • Os ativos de renda fixa;
  • Os derivativos de balcão;
  • E as ações.

De todos esses, os ativos mais conhecidos da Bolsa de Valores são as ações.

Entenda como funciona a bolsa de valores
Computador com gráficos – Foto por Unsplash

Dessa forma, a Bolsa de Valores realiza a ponte, que faz a intermediação entre pessoas que desejam se tornar sócias de uma companhia comprando ações, e as pessoas que desejam vender ações.

Para que essa negociação seja feita de maneira segura e transparente, é necessário que existam regras.

E é a Bolsa de Valores quem estabelecerá essas regras, para que a negociação ocorra de maneira segura. Para garantir essa segurança, é preciso fazer o investimento por meio de uma corretora de valores.

A Bolsa de Valores é quem faz o registro das negociações, e atualiza os papéis dentro do ambiente de negócios. Além disso, também é função da Bolsa gerenciar riscos de operações feitas por investidores, o que é chamado de agente de clearing.

Isso significa que alguns investimentos estabelecidos por clearing podem servir como garantia para o investidor.

Também é função da Bolsa de Valores guardar todas as negociações de forma centralizada, para garantir a organização e segurança dos investidores.

Dessa forma, se você compra uma ação, é função da Bolsa guardá-la sob o seu nome até o momento em que você decidir resgatar o valor ou vender o papel.

Por mais que o funcionamento da Bolsa possa parecer confuso, por causa de toda a oscilação de números que se vê em seu funcionamento diário, ao acompanhar diariamente o ritmo das negociações, é possível compreender melhor como ela funciona na prática.

Essa oscilação de valores ocorre pois os preços são com base nas expectativas que os investidores possuem, no valor do mobiliário em relação ao mercado. Existe uma série de fatores que podem afetar essa precificação e gerar as oscilações.

Por isso, o ideal é acompanhar o pregão diariamente para entender melhor como é o funcionamento da dinâmica do mercado financeiro, e apostar em ações mais promissoras.

Guia para investir em ações – O que são as corretoras

Como já dito, para garantir a segurança e a transparência nas negociações intermediadas pela Bolsa de Valores, é necessário investir em ações por meio de corretoras de valores.

As corretoras de valores são instituições financeiras que trabalham com investimentos. Elas atuam na intermediação de venda e compra de ativos financeiros.

Para isso, elas possuem a autorização necessária para fazer a ponte entre a Bolsa de Valores e os investidores. Elas podem trabalhar tanto com ações quanto com títulos públicos, como o Tesouro Direto e títulos de crédito privado como LCAs, LCIs, CDBs e debêntures.

Na prática, as corretoras funcionam por meio de abertura de contas, como se faz em um banco, embora os objetivos das corretoras sejam diferentes dos objetivos dos bancos. Pois o serviço que as corretoras oferecem, são as opções de aplicação de dinheiro de modo que ele possa render.

Já os bancos oferecem outros serviços, como cartões de pagamentos e de crédito, financiamentos, empréstimos, entre outros.

O que garante a segurança do trabalho das corretoras é que elas são fiscalizadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), e possuem autorização para funcionamento do Banco Central.

A Comissão de Valores Mobiliários é uma entidade com a finalidade de fiscalizar, normatizar e disciplinar o mercado financeiro no que se refere aos valores mobiliários.

Além disso, as corretoras de valores possuem equipes profissionais compostas por economistas, que têm o papel de analisar quais são as perspectivas de mercado das empresas, com papéis disponíveis na Bolsa para comercializar. A análise é feita com base na conjuntura econômica.

Dessa forma, além de intermediar a compra e venda de ações, as corretoras oferecem orientações, para que os investidores possam tomar as melhores decisões por meio de materiais informativos.

Então, é para a corretora que você enviará o seu dinheiro, o qual pretende destinar para os investimentos, para que ela ofereça as opções de rentabilidade do valor, que será feita da forma como você escolher.

As opções de investimentos das corretoras são melhores do que dos bancos. Além disso, as corretoras recebem comissões dos seus rendimentos. Por isso, elas têm muito interesse que o seu dinheiro tenha mais rentabilidade.

Portanto, escolher uma boa corretora de valores é fundamental para quem deseja começar no mercado financeiro.

Como escolher uma boa corretora para investir em ações
Notebook com mulher mexendo no celular – Foto por Unsplash

Guia para investir em ações – Como escolher uma boa corretora

Para escolher uma boa corretora, é necessário avaliar alguns itens essenciais, que serão capazes de atender às necessidades fundamentais. O principal deles são os custos baixos, algo muito importante para todos os investidores, mas, principalmente, para quem está começando.

Além disso, é importante avaliar se a corretora oferece um bom atendimento e se possui uma boa infraestrutura.

No que se refere aos custos, é importante saber que qualquer investimento terá um custo, o que é importante para garantir que as transações estão sendo feitas de forma correta, e que você terá o suporte necessário na operação.

A única coisa que é necessário se preocupar é que esses custos não atrapalhem seu retorno final. Dentre eles, podemos citar a taxa de custódia, taxa de corretagem, taxas de manutenção e abertura de contas e taxas de TED. Confira cada uma delas a seguir:

Guia para investir em ações – Taxa de custódia

Guia para investir em ações: A taxa de custódia é uma cobrança não obrigatória, de forma que o cliente pode ficar isento dela conforme a quantidade de movimentações ou negociações, que fizer em certo intervalo de tempo.

Ela corresponde ao custo para armazenar as ações, ou outros títulos de cada investidor em sua conta com a corretora. A cobrança dessa taxa pode ser feita de duas formas, sendo um valor fixo ou, então, um valor proporcional ao que o cliente tem aplicado em papéis.

Guia para investir em ações – Taxa de corretagem

Guia para investir em ações: A taxa de corretagem é o valor pago para a corretora, fazer as operações do cliente na Bolsa de Valores.

O valor pode ser variável, conforme as operações realizadas, ou uma taxa fixa. Para quem faz muitas operações, essas taxas podem ficar mais em conta.

A taxa de corretagem é uma cobrança cujo valor varia de uma corretora para outra. Por isso, é importante comparar esse quesito quando for escolher uma corretora. Existem, inclusive, corretoras que não cobram a taxa de corretagem.

Guia para investir em ações – Taxas de manutenção e abertura de contas

Guia para investir em ações: Existem corretoras que cobram uma taxa para abrir e fazer a manutenção da conta do cliente. Por isso, é importante analisar todas as informações de cobrança de taxas, antes de escolher uma corretora para abrir a sua conta.

Guia para investir em ações – Taxas de TED

Guia para investir em ações: Essa, na verdade, é uma taxa cobrada pelo banco para transferir valores de sua conta bancária para a conta da corretora. Por isso, é preciso observar as tarifas que banco onde você tem conta cobra.

Além dos custos, é indispensável escolher uma corretora que ofereça um atendimento de qualidade. Assim, é importante observar se, além de explicar todos os procedimentos e sanar todas as suas dúvidas, ela também transmite credibilidade, oferecendo transparência em suas ações.

O bom atendimento é importante para todos os clientes, mas para quem está começando, é indispensável ter confiança no processo. É possível conquistar essa confiança à medida em que a operadora consegue responder o cliente com clareza, e resolver todas as suas dúvidas, principalmente em casos mais urgentes.

O bom atendimento é aquele que garante agilidade nos processos, e a sensação de segurança aos clientes.

Por fim, a infraestrutura oferecida pela corretora de valores é fundamental.

Por isso, descubra se a corretora dispõe de tecnologias, para proporcionar segurança em situações mais difíceis ou críticas que o mercado financeiro possa colocar, como é o caso da volatilidade.

Avalie também se a corretora de valores que pretende escolher, já conta com uma estrutura sólida, se tem bancos de clientes, e se está bem estruturada.

Essas são características fundamentais para uma boa corretora pois, para que ela possa administrar o seu dinheiro de forma eficaz, é necessário, antes de tudo, que ela tenha condições de administrar uma boa infraestrutura.

Especificamente para quem pretende investir em ações, é importante escolher corretoras que tenham condições de auxiliar na identificação dos melhores papéis para investir, e dos melhores momentos para fazer cada investimento.

A corretora precisa conseguir orientar a melhor forma de investir de maneira planejada e segura. Para isso, as características ideais de uma corretora para quem quer investir em ações são:

  • Ter transparência nos custos que cobrará para fazer as operações;
  • Oferecer preços justos para seus serviços, de modo que não comprometa os ganhos dos clientes;
  • Ter capacidade analítica para o mercado e ações;
  • Oferecer recomendações dos investimentos mais promissores;
  • Compreender com facilidade os investimentos de cada cliente;
  • Oferecer alternativas diferenciadas, como no caso de oferta de contratos para o futuro;
  • Oferecer ao cliente um suporte completo, eficiente e rápido no que se refere à realização de operações.
Entenda como é a análise de ações
Homem com tablet na mão – Foto por Unsplash

Guia para investir em ações – Como analisar ações

Guia para investir em ações: Para quem está pensando em investir em ações, é muito importante aprender a avaliar ações para obter sucesso em suas escolhas. Fazendo uma boa análise, é possível aumentar bastante as possibilidades de ganhos.

Afinal de contas, você terá condições de tomar suas decisões embasado em critérios objetivos, e não na simples intuição de comprar ações de empresas que já conhece, o que aumenta as chances de ter rendimentos melhores.

Ao estudar sobre análise de ações e conhecer os indicadores principais, é mais fácil de identificar as melhores oportunidade de investimentos. Aliás, isso também te deixará um passo à frente de outros investidores que não possuam esses conhecimentos.

As ações são ativos de renda variável, de forma que não é possível saber, com certeza, como serão seus rendimentos no futuro. Mas, mesmo assim, é possível fazer uma previsão com base em análise, e que é capaz de reduzir os riscos e aumentar os ganhos.

Além disso, uma boa análise ajuda o investidor a montar uma carteira de investimentos mais variada e consciente que, certamente, proporcionará mais rendimentos do que uma carteira montada aleatoriamente, sem estabelecer critérios.

Contudo, é importante saber que não existe fórmula mágica. O que é possível fazer é uma análise consciente, baseada em dados, e que permita que os investimentos sejam mais lucrativos, e possam oferecer bons resultados no longo prazo.

Um erro muito comum na análise de ações, é analisar somente os dados relativos ao papel que se pretende comprar, olhando exclusivamente para os gráficos que se referem à determinada ação.

Além disso, não basta olhar para os dados da ação em comparação com dados de outras ações disponíveis na Bolsa. É preciso ir além disso, pois a Bolsa de Valores e as ações que ela comercializa, fazem parte de um todo maior. E estão relacionadas com as organizações com as quais se ligam, com seus gestores, e com a economia.

A análise de ações para se adquirir precisa ser feita de maneira sistêmica. É preciso avaliar as perspectivas do mercado no qual a empresa que oferece a ação atua, e os resultados da empresa.

Quando uma ação começa a valorizar progressivamente no decorrer dos anos, é sinal de que ela despertou o interesse e a confiança dos investidores, que acreditam que a companhia possui estabilidade e deve continuar crescendo.

Existem duas maneiras principais de fazer a análise de ações. Uma dessas maneiras é usando a metodologia fundamentalista, e a outra é usando a metodologia técnica.

Guia para investir em ações – Análise fundamentalista

Guia para investir em ações – A análise fundamentalista visa observar as informações oficiais das organizações, que possam vir a ser relevantes. As empresas de capital aberto anunciam essas informações.

Assim, busca-se por informações relacionadas à saúde financeira da companhia, como:

  • Fluxo de caixa;
  • Balanço patrimonial;
  • Lucro trimestral;
  • Demonstração de resultados;
  • Dentre outros documentos.

Esse tipo de análise de ação permite a adoção de critérios mais subjetivos, como os valores da empresa, a competência dos gestores, as diretrizes estratégicas, a qualidade de serviços e produtos, dentre outros critérios.

Nesse tipo de análise, considera-se também os critérios da macroeconomia, como renda, taxa de juros, emprego, PIB, e questões do mercado nacional e internacional.

O analista é capaz de traçar um projeto de investimentos de longo prazo, com base na análise global de todos esses critérios, dados, informações e da própria percepção sobre o cenário que está avaliando.

Esse tipo de análise permite identificar boas oportunidades de investimentos em ações, que ainda estão sendo comercializadas a preços baixos.

Mas nas quais se enxerga grandes oportunidades de valorização futura, por serem ações de empresas que apresentam um conjunto positivo de fatores, como boa saúde financeira, inserção em um mercado em expansão, filosofia de crescimento e ambição para se desenvolver.

É uma análise capaz de reconhecer ótimas oportunidades de investimento, principalmente para o médio e o longo prazos.

A análise fundamentalista também se beneficia de critérios da análise técnica, analisando dados de gráficos. Mas não foca apenas nessas informações, fazendo uma avaliação mais sistêmica do todo antes de escolher as ações mais promissoras.

Como funciona a análise técnica para investir em ações
Homem olhando o celular e o notebook – Foto por Unsplash

Guia para investir em ações – Análise técnica

Guia para investir em ações: Na análise técnica, as principais informações são a oferta e a demanda. Dessa forma, é importante avaliar qual é a quantidade de ativos que a Bolsa tem para negociação. Ou seja, qual é a oferta, e qual é a demanda (qual a quantidade de pessoas interessadas na compra de cada uma dessas ações).

Já que são esses critérios de oferta e demanda que definem os preços das ações, esse tipo de análise coloca essas informações como os critérios fundamentais, para avaliar o retorno que a ação pode dar ao seu investidor.

Contudo, esse tipo de análise não leva em conta os fatores externos que não podem ser vistos analisando apenas os gráficos da Bolsa de Valores.

Ou seja, não avaliam o contexto externo das empresas que estão disponibilizando as ações para comércio, para entender a inserção delas no mercado.

Mesmo assim, a análise técnica pode ser importante para integrar uma análise mais completa como a fundamentalista.

Mas também pode ser uma análise de muita utilidade para investimentos de curtíssimo prazo, como é o caso do day trade, por exemplo, que detalharemos melhor no item que trata sobre as estratégias de investimento em ações.

Principais indicadores da análise fundamentalista

Guia para investir em ações: Por ser mais complexa, e avaliar o mercado de ações de maneira mais global, é importante ficar de olho em alguns indicadores importantes para a análise fundamentalista.

Afinal, ao contrário da análise técnica, que analisa basicamente os indicadores de oferta e demanda, a análise fundamentalista precisará enxergar algo mais amplo.

Portanto, os principais indicadores que devemos considerar em uma análise fundamentalista são:

Guia para investir em ações – Preço sobre lucro – P/L

Guia para investir em ações: Nesse critério, é feito um cálculo do Lucro por Ação (LPA). Para isso, é preciso dividir o valor do lucro que a própria empresa projeta, pela quantidade de ações disponíveis para negociação.

Para obter o preço sobre lucro, é necessário dividir o valor de cada ação pelo valor que encontrar em LPA.

É um indicador importante, pois ajuda a observar quanto os investidores estão se propondo a pagar pelos resultados da empresa. É um critério para avaliar a confiança que a empresa tem passado para os investidores.

Um valor P/L alto, pode sinalizar que é uma boa ação para comprar. Pois há expectativa do mercado para aquela empresa. Mas também pode significar que ela não vale a pena, pois está muito cara.

Um P/L muito baixo também pode ser um sinal de boa oportunidade para o longo prazo. Mas também pode significar que a empresa não transmite confiança e, por isso, não tem chances de oferecer um bom retorno.

Por isso, é um critério que precisamos analisar em conjunto com outros.

Guia para investir em ações – Valor Patrimonial / Preço

Guia para investir em ações: Obtemos o VPA, ou Valor Patrimonial, através do cálculo que divide o patrimônio líquido da companhia, pelo número total de ações. Em seguida, divide-se o valor de uma ação individual, pelo resultado obtido no cálculo anterior.

Um resultado baixo pode indicar uma boa oportunidade. Enquanto um resultado alto pode dizer que a ação está muito cara.

Mas, novamente, só é possível chegar a essas conclusões analisando os indicadores em conjunto.

Guia para investir em ações – Dividend Yield – DY

Guia para investir em ações: Esse indicador divide o valor pago pelo lucro de cada ação, pelo preço dela no mercado.

Ter um valor DY alto, quer dizer que essas ações oferecem boas remunerações aos seus investidores, de maneira que os ganhos são maiores do que o preço de compra delas.

Nesse caso, é possível lucrar recebendo parte dos lucros da companhia, pois existem empresas que remuneram os seus acionistas. Esses lucros que as empresas compartilham são os dividendos.

Nesse caso, é possível lucrar com ações independente de sua valorização no mercado.

Guia para investir em ações
Mesa com notebook e livros – Foto por Unsplash

Guia para investir em ações – Return on Equity (ROE)

Guia para investir em ações: Esse indicador se refere ao retorno que o investimento oferece para os seus acionistas.

Para fazer o cálculo, é necessário dividir o valor do lucro líquido da companhia, pelo valor do patrimônio líquido da mesma, que é o valor que a mesma declarou no último período contábil do balanço patrimonial.

O valor ROE indica se a rentabilidade do ativo é boa. E ainda serve para medir a capacidade que a empresa possui para agregar valor a si própria usando, para isso, os seus próprios recursos. Isso demonstra o quão eficiente é a sua gestão.

Guia para investir em ações – Informações sobre a companhia

Guia para investir em ações: Por último, é importante considerar como indicador de análise, as informações sobre as empresas. Evidentemente, não se trata de um indicador numérico com base em uma métrica, que se obtém por meio de cálculos. Mas é essencial para fazer a análise completa do contexto.

Guia para investir em ações – É importante observar:

  • O DRE (Demonstrativo de Resultado de Exercício), para saber lucros e prejuízos que a empresa tenha tido em determinado período;
  • O DFC (Demonstrativo de Fluxo de Caixa), para saber qual o valor que a empresa possui em seu caixa;
  • E o balanço patrimonial, para saber os ativos e passivos da empresa.

Quais as estratégias de investimento em ações

Guia para investir em ações: Existem diversas estratégias e técnicas para investir em ações. E devemos definir com base em análise e no perfil do investidor, considerando os objetivos que deseja alcançar com seus investimentos. A seguir, você confere as principais estratégias de investimentos em ações.

Guia para investir em ações – Swing trade

Guia para investir em ações: São as operações de venda ou compra de ações na Bolsa de Valores que duram dias, semanas, meses ou anos. Essa operação consiste em comprar uma ação, e esperar para vendê-la quando ela estiver valendo mais.

É uma estratégia para quem acredita na valorização no curto e no longo prazo. Também é boa para quem não pode ficar acompanhando o pregão. Então, a pessoa compra, e aguarda para vender quando for mais conveniente.

Essa estratégia pode ser de curto prazo, quando dura dias ou meses. Mas também pode ser de longo prazo, quando dura anos. Já a atividade de comprar ações para esperar a sua valorização por muitos anos, ou mesmo por décadas, é chamada de buy and hold.

Guia para investir em ações – Day trade

Guia para investir em ações: São as operações de curtíssimo prazo, ou seja, comprar e vender os ativos dentro do mesmo dia. Neste caso, o lucro se dá pelas oscilações do mercado financeiro. Existem até plataformas que auxiliam nesse tipo de operação.

Contudo, o ideal é fazer esse tipo de operação apenas quando ganhar alguma experiência, pois são de alto risco.

Além disso, só é aconselhável fazer esse tipo de operação se você estiver em condições de assumir algumas perdas. Para operar com day trade, o ideal é fazer isso em combinação com outras estratégias.

Guia para investir em ações – Position trade

Guia para investir em ações: É uma operação de longo prazo. Nela, o investidor busca maximizar os lucros, tendo foco em um prazo maior. A diferença do swing trade é que, na position trade, a estratégia de longo prazo já está bem definida.

Assim, o investidor projeta um lucro que deseja alcançar, e vende a ação quando chegar a esse objetivo.

Guia para investir em ações – Long Short

Guia para investir em ações: É uma das operações mais tradicionais da Bolsa de Valores. No mercado financeiro, utiliza-se a palavra “long” para compra de ações. E a palavra “short”, para a operação de venda.

Nesses casos é possível vender a ação antes mesmo de comprar. O objetivo é comprar os papéis em um preço mais baixo, e repassar por um preço mais alto.

Também pode ser feito o inverso, vender as ações, e recomprá-las depois por um preço menor.

Para isso, você pode alugar ações. É uma estratégia para lucrar quando o mercado está em queda, mas é uma boa opção para quem já tem alguma experiência com investimentos.

Guia para investir em ações – Dividendos

Guia para investir em ações: É uma maneira de lucrar com ações para viver de renda, sem precisar trabalhar com a valorização das mesmas. Essa estratégia consiste em comprar ações de empresas bem estabelecidas no mercado, e que pagam dividendos. Ou seja, passam parte dos seus lucros para os acionistas.

As empresas do setor elétrico são grandes exemplos de companhias boas para esse tipo de investimento.

O investidor pode usar o valor dos dividendos como renda, ou para aplicar em outras ações.

Guia para investir em ações
Pessoas em reunião, escrevendo – Foto por Unsplash

Guia para investir em ações – O que são casas de análise

Guia para investir em ações: As casas de análise são empresas que têm o objetivo de ajudar seus clientes a fazer os melhores investimentos. Elas oferecem relatórios e informações detalhadas sobre os ativos financeiros das empresas dentro da Bolsa de Valores.

Para isso, elas contam com uma equipe profissional composta por economistas, consultores financeiros, gestores e investidores com experiência. Elas oferecem uma análise completa dos riscos e oportunidades dos investimentos.

Como funciona assessoria de investimentos

Guia para investir em ações: Contar com uma assessoria especializada de investimentos ajuda muito a minimizar os riscos nas operações. Principalmente para quem está começando, é essencial contar com assessoria!

O assessor de investimentos, é o profissional capacitado para ajudar os clientes a montarem a carteira de investimentos diversificada, e focada para atender o seu perfil e objetivos.

O assessor usará informações técnicas e o conhecimento de mercado, para ajudar na escolha dos melhores investimentos.

Guia para investir em ações: Quanto precisa para começar investir

Guia para investir em ações: Engana-se quem pensa que é muito caro investir. É possível começar a investir em ações pagando valores baixos. Existem lotes de ações compostos por 100 ações. Se elas custam o valor de R$ 30,00, por exemplo, você pode comprar um lote desses pelo valor de R$ 3000,00.

Ainda é possível começar com menos dinheiro, comprando uma quantidade menor de ações no mercado fracionário.

Assim, você pode comprar ações a partir de R$ 30,00, mais as taxas da corretora. Lembrando que algumas delas não cobram a taxa de corretagem, ou cobram valores fixos, que podem variar de R$ 10,00 a R$ 30,00.

Guia para investir em ações
Pote de moeda caído – Foto por Unsplash

Quais os riscos de investir em ações

Guia para investir em ações: Como dissemos, apesar de poder planejar e minimizar os riscos, investir em ações é uma operação financeira de risco. Pois as ações não oferecem garantia de rentabilidade.

Você terá que lidar com a análise global e expectativas, mas não é possível ter certeza de que terá lucro com elas.

Contudo, uma carteira diversificada, e montada com muito estudo, permitirá que você tenha mais ganhos do que perdas.

Afinal de contas, mesmo que perca em algum tipo de investimento, é muito provável que ganhará em outros tipos. Por isso, é bom ter investimentos mais conservadores na carteira, junto aos mais arrojados.

De qualquer forma, para ganhar dinheiro ao investir em ações, é preciso estar disposto a correr alguns riscos, para apostar em investimentos que tenham mais chances de oferecer rendimentos maiores.

Enfim, agora você sabe tudo através do guia para investir em ações o que é necessário para começar a investir em ações do jeito certo. Agora, é hora de se aprofundar nos estudos, definir sua estratégia, abrir conta na corretora e contar com o apoio de uma assessoria. Não esqueça que para ter sucesso nos investimentos é necessário ter paciência, disciplina e muito estudo!