S&P eleva rating de 40 companhias brasileiras, confira lista
Com melhora da nota do Brasil, companhias como Petrobras, Sabesp, BRF, Neoenergia e Banco do Brasil também tiveram seus ratings elevados
A agência de classificação de risco S&P elevou a nota de crédito de 24 empresas e 16 instituições financeiras brasileiras nesta quarta-feira (20). A medida é um reflexo da melhora da nota soberana do Brasil, que subiu de BB- para BB, com perspectiva estável.
📈 A S&P melhorou o rating do Brasil na terça-feira (19), por acreditar que a aprovação da reforma tributária trará ganhos de produtividade para o país. Com isso, também reviu o rating de uma série de companhias brasileiras, já que muitas empresas têm seu rating relacionado ao do país.
No mesmo nível do Brasil
💡 Ao todo, 16 empresas tiveram suas notas de crédito equiparadas à do Brasil, de BB. Fazem parte deste grupo empresas estatais, concessionárias de serviços públicos e representantes do setor de transporte, como Petrobras (PETR4), Sabesp (SBSP3) e Rumo (RAIL3).
A S&P ressaltou que algumas dessas companhias podem apresentar uma qualidade de crédito até mais forte, mas têm o rating limitado ao nível nacional. A agência, por outro lado, também incluiu nesta lista empresas que considera estarem mais suscetíveis a uma crise de liquidez em um cenário hipotético de dificuldades soberanas.
Veja as 16 empresas que agora têm o rating BB da S&P:
- BRF (BRFS3);
- CESP - Companhia Energética de São Paulo;
- Coelba - Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (CEEB3);
- Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SBSP3);
- Celpe - Companhia Energética de Pernambuco (CEPE3);
- Cosern - Companhia Energética do Rio Grande do Norte (CSRN3);
- Cosan (CSAN3);
- Cosan Lubrificantes e Especialidade;
- EDP - Espirito Santo Distribuição de Energia;
- Energisa Paraíba - Distribuidora de Energia;
- Energisa (ENGI11);
- Energisa Sergipe - Distribuidora de Energia;
- MRS Logística (MRSAB5);
- Neoenergia (NEOE3);
- Petrobras (PETR4);
- Rumo (RAIL3).
Acima do nível soberano
✈️Além disso, a S&P elevou em um nível o rating de oito empresas cujas notas de crédito podem ultrapassar a do Brasil. Para a agência, essas companhias estão mais isoladas das questões internas, por fatores como presença global, exportações e demanda independente da economia brasileira, ou porque apresentam baixa alavancagem e liquidez sólida mesmo estando expostas à economia doméstica.
Confira as oito empresas que tiveram seu rating melhorado pela S&P:
- Ambev (ABEV3), de BBB para BBB+;
- Localiza Rent a Car (RENT3), de BB+ para BBB-;
- MV24 Capital, de BB para BB+;
- Nexa Resources, de BB+ para BBB-;
- Raizen (RAIZ4), de BBB- para BBB;
- Ultrapar Participações (UGPA3), de BB+ para BBB-;
- Votorantim, de BBB- para BBB;
- Votorantim Cimentos, de BBB- para BBB.
Instituições financeiras
🏦 A S&P também melhorou para BB o rating de 16 instituições financeiras brasileiras, especialmente bancos, nesta quarta-feira (20). Neste caso, a nota de crédito segue a do Brasil, já que crises nacionais tendem a afetar o setor financeiro.
Veja as 16 instituições financeiras que agora têm o rating BB da S&P:
- Banco ABC Brasil (ABCB4);
- Banco Bradesco (BBDC4);
- Banco BTG Pactual (BPAC11);
- Citibank (CTGP34);
- Sicredi - Banco Cooperativo Sicredi;
- Banco do Brasil (BBAS3);
- BNB - Banco do Nordeste do Brasil;
- BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;
- Banco Pan (BPAN4);
- Banco Safra;
- Banco Santander Brasil (SANB11);
- Banco BV - Banco Votorantim;
- Caixa Econômica Federal;
- China Construction Bank Brasil, Banco Múltiplo;
- Haitong Brasil;
- Stone (STOC31).
Rating soberano
A S&P elevou o rating do Brasil diante da aprovação da reforma tributária. Contudo, ressaltou que o país ainda precisa avançar na resolução dos problemas fiscais e na aceleração do crescimento econômico. A S&P projeta uma alta de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2023. Porém, projeta um crescimento de 1,5% em 2024.
Para 2025 e 2026, a perspectiva é de um crescimento de 2%, em razão de condições monetárias mais flexíveis. A S&P espera que o Banco Central reduza a taxa básica de juros dos atuais 11,75% para 9% ao longo de 2024. Por outro lado, projeta déficits públicos de em média 6,2% do PIB entre 2023 e 2026.
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