Moody's corta perspectivas de Petrobras, Vale, Ambev e 27 bancos brasileiros
Ação reflete a revisão do rating soberano do Brasil, cuja perspectiva passou para estável na última sexta-feira (30).

Depois de rebaixar a perspectiva do rating soberano do Brasil, a Moody's revisou as notas de crédito de grandes companhias brasileiras.
📉 Com isso, Petrobras (PETR4), Vale (VALE3), Ambev (ABEV3) e 27 instituições financeiras também tiveram suas perspectivas cortadas, de positiva para estável.
Entre os bancos afetados, estão Banco do Brasil (BBAS3), Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11). B3 (B3SA3) e XP (XPBR31) também não escaparam da revisão. Veja a lista completa abaixo.
Perspectiva
A Moody's cortou a perspectiva da nota de crédito do Brasil, de positiva para estável, na última sexta-feira (30), devido ao aumento dos riscos fiscais.
💲 Agora, notou que essa revisão também pode afetar a qualidade de crédito das instituições financeiras nacionais, assim como da Petrobras, Vale e Ambev.
Para a agência de classificação de risco, "a qualidade de crédito dessas empresas não pode ser completamente desvinculada da qualidade de crédito do governo brasileiro e, portanto, seus ratings precisam refletir rigorosamente o risco que compartilham com o soberano".
Além disso, a Moody's afirmou que a revisão do rating brasileiro tende a estar "associada a tendências macroeconômicas e do mercado financeiro que afetam todos os emissores nacionais".
"Os bancos, em particular, apresentam fortes interligações de crédito com seus soberanos", afirmou.
Diante dessa avaliação, a agência cortou a perspectiva, de positiva para estável. Contudo, manteve a nota de crédito dessas companhias nessa segunda-feira (2).
Rating
Banco do Brasil, Itaú e Bradesco, por exemplo, seguem com uma nota de crédito Ba1, a mesma do Brasil.
A Petrobras também manteve esse rating, devido a suas "fortes métricas de crédito" e seu "histórico de melhorias operacionais e financeiras".
📊 Já Vale e Ambev têm uma nota Baa2, superior à do Brasil. O mesmo acontece com Santander e B3, cujo rating é Baa3.
No caso da Vale, essa nota se deve ao "forte perfil de negócios" e à "posição de liderança na produção global de minério de ferro e níquel", que garante um fluxo de caixa e lucratividade pouco correlacionado às condições econômicas domésticas.
Já a Ambev sustentou essa avaliação devido a "sua escala como uma das maiores cervejarias do mundo", além da "forte capacidade de execução e o rigoroso controle de custos"- fatores que, para a Moody's, atenua a volatilidade decorrente de eventuais crises de mercado.
O Santander, por sua vez, mantém essa avaliação sobretudo devido à ligação com a sua matriz espanhola. Já a B3 destaca-se pelo "histórico comprovado de forte desempenho financeiro ao longo dos ciclos econômicos e de taxas de juros" e pelo papel "relevante como empresa de infraestrutura do mercado financeiro brasileiro.
No caso da Petrobras, a Moody's avalia que a probabilidade de inadimplência da estatal, em decorrência de dificuldades financeiras soberanas, é baixa.
Também há uma expectativa de que "a disciplina operacional e financeira da Petrobras continue a sustentar a geração de caixa, o que ajudará a sustentar sua atual estrutura de capital".
A agência acredita, no entanto, que "o rating da Petrobras é limitado pela exposição da empresa a potenciais mudanças de política monetária e pelo risco de influência governamental em suas decisões de negócios".
Veja as instituições financeiras que tiveram a perspectiva cortada pela Moody's:
- Banco do Brasil (BBAS3);
- BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social);
- BNDESPar (BNDES Participações);
- Itaú Unibanco (ITUB4);
- Bradesco (BBDC4);
- Banco da Amazônia (BAZA3);
- Banco do Nordeste (BNBR3);
- Caixa Econômica Federal;
- Banco Santander (SANB11);
- BTG Pactual (BPAC11);
- Sicredi;
- Banco Safra;
- Banco ABC Brasil (ABCB4);
- Daycoval;
- Citibank;
- B3 (B3SA3);
- XP (XPBR31);
- Banco Modal.
O número de instituições afetadas chega a 27 porque a revisão também afeta as filiais offshore desses bancos, como as unidades mantidas nas Ilhas Cayman por Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander, BG e Safra.

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