Fusões e aquisições no Brasil saltam 16,7% no 2º trimestre

No acumulado, foram contabilizadas 776 transações.

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Publicado em 03/08/2024 às 15:14h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 03/08/2024 às 15:14h Atualizado 1 mês atrás por Elanny Vlaxio
A desvalorização do real frente ao dólar impulsionou um novo pico  (Shutterstock)
A desvalorização do real frente ao dólar impulsionou um novo pico (Shutterstock)

O segundo trimestre de 2023 marcou a continuação da recuperação do mercado de fusões e aquisições no Brasil, iniciado no segundo semestre de 2022. De acordo com um levantamento exclusivo da KPMG para o "Broadcast", foram registradas 426 operações no período, o maior número em dois anos.

📱 O mercado de aquisições de empresas brasileiras apresentou um cenário de volatilidade no primeiro semestre de 2023. Após uma queda de 5,9% no primeiro trimestre, o segundo trimestre registrou um crescimento de 16,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado, foram contabilizadas 776 transações, representando um aumento de 5,3% em relação ao mesmo período de 2022.

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A desvalorização do real frente ao dólar impulsionou um novo pico de fusões e aquisições no Brasil. Embora 60% das operações tenham sido realizadas entre empresas nacionais, a participação de estrangeiros foi expressiva, representando 28% do total. A moeda mais fraca tornou as empresas brasileiras mais atrativas para investidores estrangeiros.

💸 Diante da expectativa de que os juros não seriam reduzidos tão rapidamente, muitos investidores decidiram antecipar seus planos de investimento, segundo Paulo Guilherme Coimbra, sócio da KPMG. Essa mudança de postura impulsionou o número de acordos de fusões e aquisições no período.

"Quando eu falo que a transação está mais atraente para quem está comprando, é porque tem uma pressão maior em cima do vendedor. O momento está mais favorável para quem é comprador e para quem tem liquidez”, afirmou Coimbra.