Família Diniz estuda vender participação no Carrefour (CRFB3), diz jornal

A família, através da holding de investimentos Península, possui 9,23% das ações globais da empresa.

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Publicado em 27/01/2025 às 17:08h - Atualizado 6 dias atrás Publicado em 27/01/2025 às 17:08h Atualizado 6 dias atrás por Elanny Vlaxio
As ações do Carrefour subiram 3,10% com a repercussão da notícia  (Imagem: Shutterstock)
As ações do Carrefour subiram 3,10% com a repercussão da notícia (Imagem: Shutterstock)

💰 Os herdeiros de Abilio Diniz planejam vender sua participação no Carrefour (CRFB3), tanto no cenário internacional quanto no mercado brasileiro, segundo reportagem de Lauro Jardim, no jornal "O Globo".

A família Diniz, através da holding de investimentos Península, possui 9,23% das ações globais da empresa, equivalendo a aproximadamente US$ 800 milhões, e 10,24% das ações brasileiras, com um valor estimado em R$ 1,4 bilhão.

Conforme apuração, a decisão de venda é estratégica e o momento ideal para a venda está sendo cuidadosamente analisado. Fontes ouvidas pelo jornal afirmam que a saída do investimento já foi decidida e, no mercado internacional, onde o montante investido é maior, a intenção é iniciar o processo antes que a família Moulin, segunda maior acionista, realize novas alienações de suas participações.

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🤑 A parceria entre a Península e o Grupo Carrefour teve início há mais de uma década, com Abilio Diniz desempenhando um papel fundamental na definição das estratégias da empresa. No entanto, após o falecimento do empresário em 2024, a família Diniz passou a ter autonomia para tomar decisões sobre os investimentos, o que gerou uma nova dinâmica para a participação da Península no grupo

A eventual venda pode desencadear alterações na estratégia das operações brasileiras, reduzindo a autonomia do negócio local em relação à matriz francesa, segundo análise do J.P. Morgan. Embora seja complexo prever os impactos dessa mudança, o banco ressalta que as iniciativas implementadas durante a gestão de Abilio Diniz não alcançaram os resultados operacionais esperados.

Já a XP Investimentos avalia que uma eventual desmobilização dos investimentos da família Diniz no Carrefour e no Carrefour Brasil representaria um impacto negativo para a companhia. Segundo o banco, essa decisão exerceria pressão sobre as ações da varejista de alimentos negociadas na B3.

📈 Com a repercussão da notícia, as ações do Carrefour subiam 3,10% a R$ 5,98, às 17h02 (horário de Brasília).

CRFB3

Atacadão - Carrefour
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