Dólar fecha em R$ 5,18, maior nível em mais de 1 ano

O dólar disparou e o Ibovespa caiu 0,49% diante da tensão no Oriente Médio e da mudança da meta fiscal no Brasil.

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Publicado em 15/04/2024 às 18:01h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 15/04/2024 às 18:01h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
(Shutterstock)
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O temor de que o conflito no Oriente Médio se alastre depois que o Irã enviou drones e mísseis contra Israel pesou nos mercados nesta segunda-feira (15). Bolsas caíram em todo o mundo e o dólar se fortaleceu.

📉 No Brasil, o Ibovespa tombou 0,49%, pressionado também pela notícia de que o governo federal reduziu a meta fiscal de 2025 de um superávit de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) para um déficit zero. 

O principal índice da B3 terminou o dia aos 125.333 pontos, no menor patamar em cerca de cinco meses. A última vez que o Ibovespa fechou abaixo dos 125,5 mil pontos foi em 17 de novembro de 2023. 

💵 Já o dólar disparou e chegou a tocar em R$ 5,21 na máxima do dia. Fechou com alta de 1,24%, aos R$ 5,18, o maior valor em mais de um ano. A moeda não fechava acima dos R$ 5,20 desde 24 de março de 2023.

EUA

A moeda disparou diante da tensão no Oriente Médio pois é vista como um investimento de segurança em momentos de incerteza como o atual. Além disso, foi impulsionada por dados fortes do varejo americano, que reforçaram as dúvidas sobre o corte de juros nos Estados Unidos.

Diante desse cenário, S&P 500 e Nasdaq recuaram mais de 1% nesta segunda-feira (15). Veja como as bolsas americanas fecharam:

  • Dow Jones: -0,65%;
  • S&P 500: -1,20%;
  • Nasdaq: -1,79%.

Altas

O Ibovespa caiu mesmo com duas de suas maiores empresas subindo: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).

A mineradora subiu 0,58%, diante da alta dos preços do minério de ferro. Já a petroleira foi favorecida pelos preços do petróleo e pela expectativa pelos dividendos extraordinários. As ações preferenciais da Petrobras avançaram 0,95% e as ordinárias, 1,46%.

Destaque também para a BRF (BRFS3), que disparou 10,15% depois que Goldman Sachs e JP Morgan elevaram a recomendação para o papel e puxou a Marfrig (MRFG3). Dona de mais de 50% da BRF, a Marfrig avançou 4,82% nesta segunda (15). Veja outras altas do dia:

Baixas

A maior parte das ações do Ibovespa negativou nesta segunda-feira (15). O destaque, contudo, ficou com os setores sensíveis a juros, como o varejo. O Magazine Luiza (MGLU3), por exemplo, desabou 7,83%.

Analistas veem a alta do dólar e do petróleo como um risco inflacionário. Além disso, lembram que um repique da inflação poderia levar a uma desaceleração do ritmo de corte da Selic. A possibilidade, por sinal, já foi colocada na mesa pelo Copom (Comitê de Política Monetária) e pode ser reforçada pela mudança da meta fiscal de 2025.

Veja outras baixas do dia: