B3 realiza a listagem dos primeiros ETFs após parceria ETF Connect entre Brasil e China

Disponíveis no mercado desde 26 de maio, o CSI 300 e o ChiNext são dois importantes índices de ações da China.

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Publicado em 29/05/2025 às 07:52h - Atualizado 2 dias atrás Publicado em 29/05/2025 às 07:52h Atualizado 2 dias atrás por Elanny Vlaxio
A celebração ocorreu na última terça-feira (27) (Imagem: Shutterstock)
A celebração ocorreu na última terça-feira (27) (Imagem: Shutterstock)

Os brasileiros agora podem investir em ações de empresas chinesas através dos primeiros ETFs (fundos de índices) lançados pela B3, a bolsa do Brasil. A celebração ocorreu na última terça-feira (27), em um toque de campainha que marcou o início do Programa ETF Connect.

📊 A parceria entre a B3 e a Bradesco Asset tornou possível a listagem dos ETFs B-Index Connect China Universal CSI 300 e B-Index Connect China AMC ChiNext, os pioneiros a oferecer acesso aos fundos de índices CSI 300 e ChiNext.

Disponíveis no mercado desde 26 de maio, o CSI 300 e o ChiNext são dois importantes índices de ações da China. O CSI 300 representa as maiores e mais representativas companhias chinesas, como a BYD, e o ChiNext é formado por empresas de médio e pequeno porte concentradas em tecnologia, manufatura e serviços.

"A listagem desses dois primeiros ETFs marca a conexão entre os mercados de ETFs do Brasil e da China. Nosso objetivo é pavimentar o caminho para uma diversificação de investimentos com parceiros estratégicos de forma inovadora e com liquidez", afirmou Luiz Masagão, Vice-presidente de Produtos e Clientes da B3.

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📋 Fruto da cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas de Xangai (Shanghai Stock Exchange – SSE) e Shenzhen (Shenzhen Stock Exchange – SZSE), esses novos fundos são os primeiros produtos dessa parceria. A iniciativa foi estabelecida após a assinatura de MoUs (Memorandos de Entendimento) em março deste ano, com o propósito de conectar os mercados de ETFs dos dois países.

“Com o PKIN11 e o TECX11, a Bradesco Asset inicia um novo capítulo para os ETFs no Brasil. Embarcamos junto com a B3 para ampliar a família B-Index com produtos mais conectados, mais estratégicos e com a marca de inovação que buscamos entregar em tudo que fazemos”, comentou Ricardo Eleuterio, diretor da Bradesco Asset.

"Hoje começamos a colher os resultados de um trabalho consistente realizado ao longo do último ano, fruto de diversas interações com o regulador chinês. Essa trajetória reforça o valor do diálogo institucional, da cooperação internacional e da construção de pontes sólidas entre mercados", disse Marina Copola, Diretora da CVM.

Patrimônio de ETFs chega a quase R$ 56 bi em abril, diz B3

Cabe lembrar que, em abril, o patrimônio dos ETFs no Brasil cresceu, passando de R$ 55,47 bilhões em março para R$ 55,97 bilhões. O volume de negócios mensal também teve um aumento, atingindo cerca de R$ 2 bilhões, segundo o boletim de ETFs da B3. Do total de R$ 55,97 bilhões, aproximadamente R$ 31 bilhões são de investidores institucionais e R$ 19 bilhões de investidores pessoa física.

📋 Além disso, a distribuição do patrimônio dos ETFs por segmento revela ainda que a renda variável local é a mais representativa, com R$ 23,02 bilhões, seguida pela renda variável internacional, com R$ 22,68 bilhões, e pela renda fixa local, com R$ 10,17 bilhões.

Houve também um aumento no número de investidores, que passou de 751 mil em março para 763 mil em abril. Em abril, os ETFs mais negociados foram o BOVA11, com uma participação de 49,07% no total, seguido pelo BOVV11, com 11,73%, e pelo IVVB11, com 7,99% do volume negociado.