Além da Polishop, veja 5 empresas que pediram recuperação judicial

Americanas foi o caso mais emblemático dos últimos meses

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Publicado em 17/05/2024 às 15:24h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 17/05/2024 às 15:24h Atualizado 1 mês atrás por Wesley Santana
Polishop é uma loja de varejo que vende produtos de diversas categorias. Foto: Divulgação
Polishop é uma loja de varejo que vende produtos de diversas categorias. Foto: Divulgação

Segundo dados da Serasa Experian, no primeiro trimestre de 2024, 968 empresas entraram com pedido de recuperação judicial no Brasil. O número representa quase o dobro do mesmo período do ano passado e é mais preocupante no grupo de pequenas e médias empresas. 

A RJ é uma ferramenta oferecida pela legislação brasileira que protege a empresa do vencimento de dívidas, dando mais folego para colocar o caixa em dia. Essa é uma forma de antever o pedido de falência, que pode causar mais prejuízos tanto aos credores quanto aos funcionários da companhia. 

Nesta sexta-feira (17), a Polishop se tornou mais uma das dezenas de grandes empresas a recorreram ao instrumento nos últimos meses. A varejista alega ter R$ 352 milhões em dívidas, fruto de uma crise do varejo que se arrasta desde a pandemia. 

Veja a seguir 5 outras grandes empresas brasileiras que entraram com pedido de Recuperação Judicial desde o ano passado.

- Leia também: Com dívida de R$ 20 bi, Gol (GOLL4) entra com pedido de recuperação judicial nos EUA

Americanas, Dia e mais

🍫 Americanas: o caso mais emblemático é o da Americanas, que entrou com RJ em janeiro do ano passado, depois de reportou um rombo em seus balanços financeiros. O valor total, que inicialmente era de R$ 20 bilhões, ficou calculado em R$ 50,9 bilhões, divididos entre mais de 9 mil credores.

🚞 123 Milhas: também no ano passado, depois de ser impedido de vender pacotes da linha promocional, a agência de viagens 123 Milhas entrou com pedido de RJ. A empresa alegou ter dívidas na casa de R$ 2,3 bi, sendo a maior parte vinculada ao Banco do Brasil, onde fez vários empréstimos. 

☕ Southrock: a empresa que controlava as redes Starbucks e Subway no país reportou uma dívida total de R$ 1,8 bilhão, quando entrou com o pedido de RJ, em novembro do ano passado. A companhia afirmou ter passado por uma crise econômica resultada da queda de receita durante a pandemia e taxas de juros elevadas.

✈️ Gol: depois de um prejuízo líquido de R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre do ano passado, logo no início do ano, a Gol recorreu ao chamado Chapter 11 dos Estados Unidos, país onde estava listada. O pedido foi aceito pelo Tribunal de Falências de Nova York que acatou a tese de endividamento de R$ 20,1 bilhões. 

🛒 Dia: a divisão brasileira do supermercado Dia também recorreu à Justiça para se proteger de R$ 1,1 bilhão, sendo a maior parte em antecipação de recebíveis. O pedido foi feito no último mês de março, depois que a marca anunciou o fechamento de todas as lojas que mantêm no Brasil, exceto das localizadas no estado de São Paulo. 

📺 Polishop: a varejista fundada por João Apolinário havia entrado, no começo de abril, com o pedido de tutela antecipada alegando que faltavam documentos para a RJ. Segundo o Valor, o pedido oficial de RJ foi feito na sexta, 17 de maio, na 2ª Vara de Recuperações Judiciais de São Paulo, no qual a empresa alega ter tido um prejuízo de R$ 155 milhões no ano passado.