Risco de tarifaço e ‘Super Quarta’ jogam Ibovespa para baixo; dólar vai a R$ 5,59
O índice caiu 1,04%, aos 132.129,26 pontos, marcando a terceira queda consecutiva e acumulando perda de quase 2 mil pontos nos últimos dias.

🚨 O Ibovespa (IBOV) encerrou esta segunda-feira (28) com mais uma sessão no vermelho, refletindo o clima de cautela dos investidores diante do impasse nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos e da expectativa pela Super Quarta, que trará decisões de juros nos dois maiores bancos centrais das Américas.
O índice caiu 1,04%, aos 132.129,26 pontos, marcando a terceira queda consecutiva e acumulando perda de quase 2 mil pontos nos últimos dias.
No câmbio, o dólar comercial também seguiu pressionado e avançou 0,52%, cotado a R$ 5,590, superando R$ 5,60 na máxima do dia.
Já os juros futuros recuaram ao longo da curva, refletindo tanto o cenário global quanto as projeções locais para a Selic.
Tarifas dos EUA aumentam pressão sobre o mercado
O principal fator de estresse da sessão foi o tarifaço imposto pelo governo dos EUA, previsto para entrar em vigor em 1º de agosto.
A taxa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pela gestão de Donald Trump representa um valor bem acima da média global, estimada entre 15% e 20%. Com os canais diplomáticos ainda travados, cresce o temor de que não haja tempo hábil para um acordo.
Segundo nota do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Brasil permanece disposto a negociar, mas reforçou que “a soberania nacional e o Estado democrático de Direito são inegociáveis”.
Enquanto isso, senadores brasileiros nos EUA têm pressionado por uma conversa direta entre os presidentes Lula e Trump — o que, até agora, não aconteceu.
➡️ Leia mais: Novo vale-gás pode render R$ 190 milhões à Ultrapar (UGPA3); ações saltam
Super Quarta no radar: Copom e Fed decidem juros
Outro fator que aumenta a tensão é a chamada Super Quarta, marcada para esta semana, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) e o Federal Reserve (Fed) anunciam suas decisões de política monetária.
A expectativa é de manutenção da taxa básica brasileira, mas a comunicação do Banco Central será essencial para sinalizar próximos passos diante da inflação persistente e do ambiente externo volátil.
Nos EUA, o foco está na possibilidade de manutenção da taxa de juros em patamar elevado por mais tempo, o que pode impactar o fluxo de capitais e a atratividade dos emergentes como o Brasil.
Petrobras resiste, bancos e Vale caem
Apesar do cenário adverso, Petrobras (PETR4) conseguiu encerrar o dia no campo positivo, subindo 0,13%, impulsionada pelo avanço do petróleo Brent no mercado internacional.
Já Vale (VALE3) recuou 0,97%, em linha com a queda do minério de ferro, e os bancos registraram perdas relevantes:
- Banco do Brasil (BBAS3): -1,48%
- Bradesco (BBDC4): -0,77%
- Itaú (ITUB4): -2,10%
- B3 (B3SA3): -2,83%
➡️ Leia mais: Empresa lança ações com dividendos mensais para comprar US$ 2,4 bi em Bitcoin
Balanços no radar: Vivo, TIM, Ambev e bancos
A temporada de balanços do 2º trimestre de 2025 (2T25) também movimenta os mercados.
Hoje, a Vivo (VIVT3) reportou resultados e caiu 0,24%. TIM (TIMS3) divulga seu desempenho na quarta-feira (30), enquanto Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) também trarão seus números no mesmo dia.
A Ambev (ABEV3) caiu 3,04%, pressionada pelos dados fracos da concorrente Heineken, que já divulgou resultados.
Europa e EUA oscilam com acordos comerciais
Nos mercados internacionais, os investidores acompanharam a assinatura de um acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia, que ainda enfrenta resistência de alguns países do bloco, como a França.
O índice francês chegou a recuar, em protesto ao que chamou de “dia sombrio” para a Europa.
📊 Nos EUA, os principais índices fecharam sem direção única, ainda digerindo balanços corporativos e os próximos passos da política monetária. A visita recente de Trump ao Federal Reserve também gerou desconforto político e incerteza nos mercados.

21 ações que pagarão mais dividendos em 2025, segundo BTG Pactual
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva

FIIs ressuscitam ganhos, enquanto Bitcoin (BTC) é abatido em fevereiro; veja ranking
Saiba quais classes de investimentos são destaques positivos no mês e quais deram dor de cabeça aos investidores

Ações brasileiras: Qual empresa subiu quase 40% e quem evaporou 55% em abril? Veja os destaques do Ibovespa
Uma varejista surfou o mês embalada por troca em seu conselho de administração e uma companhia área tem perdido bastante valor de mercado

Selic a 15% ao ano: Quanto rende o seu dinheiro em CDB, LCA, LCI, Tesouro Selic?
Embora ainda haja dúvidas se os juros podem permanecer em 14,75% ao ano, o Investidor10 apresenta as projeções para a renda fixa

Luiz Barsi da Faria Lima: Como gestor do Fundo Verde dribla Trump em 2025 com renda fixa?
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos em meio à guerra comercial

Barsi da Faria Lima faz o alerta: Selic em 2025 subirá a 'patamares esquecidos'
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos para este ano

WEG (WEGE3) pode bater ROIC de 38% em 2025; saiba se analistas investem
Indicadores fundamentalistas favoráveis e cenário de dólar acima dos R$ 6 dão indícios para a ação que já disparou +45% em 20224

Renda fixa isenta de IR: FS Bio recompra CRAs pagando IPCA+ 11% ao ano
Crise no crédito de empresas do agronegócio faz taxas dispararem e preços dos títulos caírem na marcação a mercado