O X (Twitter) voltou! Após bloqueio de mais de 30 dias, rede social é liberada

Após mais de um mês de suspensão, o X, antigo Twitter, foi liberado no Brasil nesta terça-feira (8), marcando o retorno da rede social ao país.

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Publicado em 08/10/2024 às 17:37h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 08/10/2024 às 17:37h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Rodrigues
A reativação do X gerou reações diversas entre os usuários, muitos dos quais comemoraram o retorno da plataforma (Imagem: Shutterstock)
A reativação do X gerou reações diversas entre os usuários, muitos dos quais comemoraram o retorno da plataforma (Imagem: Shutterstock)

🚨 Após mais de um mês de suspensão, o X, antigo Twitter, foi liberado no Brasil nesta terça-feira (8), marcando o retorno da rede social ao país.

A decisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o cumprimento de uma série de exigências impostas à plataforma.

A empresa de Elon Musk, dona do X, solicitou o desbloqueio ao STF afirmando que atendeu às condições estabelecidas, como a nomeação de um representante legal no Brasil, o pagamento de multas pendentes e o bloqueio de perfis envolvidos na disseminação de conteúdo antidemocrático.

A reativação do X gerou reações diversas entre os usuários, muitos dos quais comemoraram o retorno da plataforma, que já começa a ser liberada gradualmente pelas provedoras de internet.

O retorno do X ao Brasil: Entenda o processo

O pedido de desbloqueio do X foi feito pela primeira vez em 26 de setembro, quando a empresa afirmou ter cumprido a maioria das exigências.

Contudo, na ocasião, Moraes negou a solicitação devido ao não pagamento integral das multas, que já acumulavam R$ 18 milhões, além de R$ 10 milhões adicionais cobrados por infrações ocorridas durante o período de bloqueio.

Em 4 de outubro, a plataforma confirmou ao STF que havia quitado todas as pendências financeiras.

No entanto, houve um erro no depósito, que foi direcionado a uma conta errada da União.

O problema foi solucionado com a transferência correta dos valores, e a liberação da rede social foi autorizada após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Com a autorização em mãos, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) emitiu um ofício notificando os provedores de internet, que começaram a liberar o acesso à plataforma.

➡️ Leia mais: PGR defende retorno do X no Brasil, em parecer solicitado por Moraes

E quem acessou o X com VPN durante o bloqueio?

Mesmo com o bloqueio, muitos usuários encontraram maneiras de acessar o X utilizando ferramentas como VPNs, que permitem alterar o endereço IP e simular uma conexão de outro país.

O uso dessa tecnologia, no entanto, pode resultar em penalidades. Moraes estabeleceu uma multa de R$ 50 mil para aqueles que utilizassem VPN para acessar o X durante o bloqueio, mas até o momento, não há registros de aplicação dessas sanções.

Segundo apurações, a Anatel e a Polícia Federal já enviaram relatórios detalhados sobre acessos à rede social durante o período de restrição.

As punições, no entanto, devem focar em usuários que propagaram conteúdos antidemocráticos.

Por que o X foi bloqueado no Brasil?

O conflito entre o STF e a empresa de Elon Musk teve início em agosto, quando a plataforma se recusou a bloquear perfis investigados pela Justiça por disseminar conteúdos antidemocráticos.

Diante da resistência da rede social, o STF impôs multas diárias e exigiu a nomeação de um representante legal da empresa no país, conforme prevê o Marco Civil da Internet.

O cenário escalou quando Musk, através do próprio X, criticou publicamente o ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de censura e insinuando que sua postura não condizia com os princípios democráticos.

A situação levou à decisão de suspensão da plataforma no Brasil no dia 30 de agosto, incluindo a imposição de uma multa de R$ 50 mil para qualquer tentativa de acessar o X por meios alternativos, como VPNs.

Com o cumprimento das exigências por parte do X e a autorização da Justiça, a rede social volta ao cenário digital brasileiro, mas com o aviso de que futuras violações podem trazer novas consequências.