Ibovespa fecha no menor patamar em 3 meses e dólar vai a R$ 5,73

O Ibovespa voltou a rodar na casa dos 127 mil pontos, mesmo com a Petrobras (PETR4) em alta.

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Publicado em 08/11/2024 às 18:26h - Atualizado 28 dias atrás Publicado em 08/11/2024 às 18:26h Atualizado 28 dias atrás por Marina Barbosa
Ibovespa caiu 1,43% e dólar subiu 1,09% (Imagem: Shutterstock)
Ibovespa caiu 1,43% e dólar subiu 1,09% (Imagem: Shutterstock)

A sexta-feira (8) foi de muitas decepções e incertezas no mercado. Por isso, a semana terminou com o Ibovespa caindo forte e o dólar acima dos R$ 5,70.

O principal índice da B3 afundou 1,43% e perdeu mais de 1,8 mil pontos. Fechou aos 127.829 pontos, no menor patamar desde 7 de agosto, ou seja, em aproximadamente três meses.

Com isso, o Ibovespa engatou a terceira semana consecutiva de queda. Desta vez, com um recuo de 0,23%.

💵 Já o dólar disparou 1,09% nesta sexta-feira (8) e terminou a sessão negociado a R$ 5,73.

Apesar disso, a moeda americana acumulou uma queda de 2,2% na semana. Afinal, era negociada por R$ 5,86 na abertura da segunda-feira (4).

Nesta sexta-feira (8), os negócios na bolsa brasileira foram pressionados por todos os lados.

No cenário internacional, seguem as incertezas relacionadas ao próximo governo de Donald Trump nos Estados Unidos. Além disso, os investidores se decepcionaram com a nova rodada de estímulos econômicos anunciados pela China.

📉 Com dúvidas sobre a demanda chinesa por minério de ferro, as ações de siderúrgicas e mineradoras derreteram. A Vale (VALE3), por exemplo, tombou 4,61%.

Por aqui, também segue a expectativa pelos cortes de gastos prometidos pelo governo brasileiro. O assunto voltou a ser discutido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus ministros nesta sexta-feira (8), mas nada foi anunciado até agora.

Além disso, a inflação de outubro surpreendeu. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) avançou 0,56% no mês, pressionado pelos preços da energia e da carne. Com isso, passou a acumular 4,76% em 12 meses, furando o teto da meta perseguida pelo BC (Banco Central) e pressionando ainda mais a curva de juros brasileira.

Por isso, a alta da Petrobras (PETR4), que operou em alta após os resultados e os dividendos do terceiro trimestre, não foi suficiente para sustentar o Ibovespa.

EUA

Já nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em alta, repercutindo o corte de juros anunciado na véspera pelo Fed (Federal Reserve) e também a eleição de Donald Trump.

Destaque para a Tesla (TSLA34), que disparou 8,19% e atingiu um valor de mercado de US$ 1 trilhão.

Veja o fechamento das bolsas americanas nesta sexta-feira (8):

  • Dow Jones: 0,59%;
  • S&P 500: 0,38%;
  • Nasdaq: 0,09%.

Baixas

A Vale não foi a única a sofrer diante da decepção dos estímulos chineses. A Usiminas (USIM5), por exemplo, caiu 6,02% e a CSN Mineração (CMIN3), -5,49%.

Alpargatas (ALPA4) e Lojas Renner (LREN3) também tiveram um dia de fortes quedas, na esteira da apresentação dos resultados do terceiro trimestre. Os baques foram de 7,90% e 6,14%, respectivamente.

O dia ainda foi de perdas para os bancos. Destaque para Itaú (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11), que recuaram 1,57% e 1,22%, respectivamente.

Veja outras baixas do dia:

Altas

Por outro lado, a Petrobras subiu 1,89%, após anunciar lucro e dividendos acima do esperado pelo mercado e indicar que ainda pode liberar dividendos extraordinários neste mês.

Já a Embraer (EMBR3) decolou 7,47%, depois de apresentar um lucro 604,3% maior no terceiro trimestre.

O mercado também aprovou os resultados de Magazine Luiza (MGLU3) e Natura (NTCO3). Por isso, as ações dessas empresas subiram 2,35% e 2,90%, respectivamente.

Veja outras altas do dia: