Bitcoin (BTC) subiu 4,4% no mês pós-halving, menos que em 2020
Ainda assim, analistas veem condições para um novo ciclo de alta da criptomoeda nos próximos meses.

O Bitcoin (BTC) subiu 4,4% desde o halving de um mês atrás. Foi um desempenho menor que o de outros halvings. Mas analistas ressaltam que os últimos dias têm sido positivos para a criptomoeda e podem indicar que um novo ciclo de alta está a caminho.
🪙 O halving corta pela metade a emissão do Bitcoin a cada 210 mil blocos minerados. É um evento que acontece em média a cada quatro anos e geralmente é acompanhado por uma alta expressiva da criptomoeda. Afinal, a redução da oferta tende a elevar os preços.
O quarto e último halving ocorreu no dia 19 de abril. Ou seja, há um mês. Foi um período de volatilidade para o Bitcoin e que terminou com uma alta acumulada de 4,4% da criptomoeda.
O desempenho do mês pós-halving só não foi pior que o de 2016, quando o Bitcoin afundou 9,1% nos 30 dias seguintes ao evento. Veja como o Bitcoin se comportou no mês posterior a cada halving:
- 2012: 10,0%;
- 2016: -9,1%;
- 2020: 6,3%;
- 2024: 4,4%.
Leia também: BC vai regular criptoativos: Veja os próximos passos
Bitcoin já subiu quase 64% em 2024
📈 A alta moderada de 4,4%, por sua vez, não reduz a empolgação de muitos com o Bitcoin. Afinal, a criptomoeda já subiu 63,8% em 2024 e os resultados do halving geralmente vêm nos meses seguintes à mudança na taxa de emissão do Bitcoin.
O Bitcoin disparou no início do ano diante da expectativa pelo halving e da aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos. A alta, no entanto, desacelerou em abril devido às dúvidas sobre os juros americanos.
A perspectiva de que os juros continuem altos por algum tempo nos Estados Unidos afastou muitos investidores de ativos de maior risco, como as criptomoedas. Porém, o cenário parece estar começando a mudar.
O Bitcoin teve uma valorização de 10% na semana passada, com a retomada do fluxo positivo para os ETFs à vista de Bitcoin nos Estados Unidos e a inflação americana subindo menos do que o esperado, o que pode favorecer o corte de juros.
E a criptomoeda segue em alta. Nesta segunda-feira (20), por exemplo, o Bitcoin opera na casa dos US$ 69 mil, algo que não ocorria desde o início de abril. O token avançava 4,6% às 16h40.
A 10x Research, por exemplo, acredita que o fato de a criptomoeda ter cruzado a linha dos US$ 67,5 mil pode levar a novas máximas históricas. O atual recorde do Bitcoin é de US$ 73,6 mil e foi atingido no último dia 14 de março.
Leia também: Bitcoin (BTC) ainda terá outros 29 halvings, veja quando é o próximo
Efeito do halving vem em 1 ano
O fundador da CryptoQuant, Ki Young Ju, acrescentou que o Bitcoin "está no meio do ciclo de alta" e estima que este ciclo só deve acabar em abril de 2025, dado que este ciclo teve início em abril de 2023 e os ciclos de alta do Bitcoin costumam durar dois anos.
A previsão de Ki Young Ju coincide com o "aniversário de um ano" do halving. E as estatísticas dos últimos halvings reforçam que o Bitcoin costuma ter altas expressivas nos 365 dias posteriores ao evento. Em 2020/2021, por exemplo, o salto foi de 533%.
Veja quanto o Bitcoin subiu nos 365 dias seguintes a cada halving, de acordo com a EY:
- 2012: 7.956%;
- 2016: 277%;
- 2020: 533%.
A CF Benchmarks, por sua vez, disse que os investidores institucionais não acreditam que essa alta virá no curto prazo. A casa avaliou as opções de compra de Bitcoin negociadas na Bolsa de Chicago e disse que os investidores ainda preferem se proteger de possíveis quedas no curto prazo, embora as perspectivas de longo prazo sejam positivas, sobretudo depois dos últimos dados da inflação americana.
BTC
Bitcoin$ 111.203,09
R$ 601,61 K
$ 2,21 Trilhões
91,82 %
0,26%

“Queridinhas”: Brasil é o 5º país que mais utiliza criptomoedas no mundo
O estudo aponta que as stablecoins continuam dominando o mercado, com destaque para Tether e USD Coin.

“Cruz da morte” freia aposta em novas máximas do Bitcoin (BTC); entenda
O movimento ocorre duas semanas após o recorde de 13 de agosto, quando a maior criptomoeda do mundo tocou os US$ 124.457.

JP Morgan vê Bitcoin (BTC) com desconto e prevê alta de 15% em 2025
Analistas entendem que recuo atual é temporario e que cripto deve atingir novo recorde até o fim do ano.

Bitcoin (BTC) fica quase 10% mais barato em agosto, enquanto Ibovespa salta; veja ranking
Investimentos presentes na bolsa de valores brasileira levam a melhor, em momento de fraqueza do dólar também.

Como criptomoedas lastreadas no dólar destravam recorde ao Ethereum (ETH)?
Crescimento dos stablecoins está relacionado com o fato da segunda maior cripto do mundo ter batido máxima de 2021.

Ethereum (ETH) bate máxima e deixa Bitcoin (BTC) comendo poeira no curto prazo
Entusiastas de criptomoedas estão rodando suas carteiras e direcionando boa parte dos recursos para ETH; entenda.

Powell dá sinal verde para corte de juros nos EUA; Tesouro Direto e Bitcoin reagem
O mercado agora aposta com ainda mais força em uma redução de 25 pontos-base nos juros básicos dos EUA na reunião de setembro.

Governo brasileiro rejeita Bitcoin como reserva internacional por risco e volatilidade
Ministério da Fazenda e Banco Central alertam para risco moral e instabilidade do ativo em caso de queda.