Azul (AZUL4) encerra mais de 50 rotas e decide deixar 13 cidades
Empresa vai reduzir em 10% o número de decolagens em voos nacionais e internacionais.

Neste domingo (10) a Azul (AZUL4) anunciou o fechamento de 53 rotas em operação no Brasil. A decisão vai fazer com que a empresa deixe de operar em 13 cidades de diferentes estados.
A companhia aérea é conhecida justamente por ter uma alta conexão de voos no interior do país. Grande parte desses locais possuem pouca demanda, o que torna parte da operação menos rentável.
A empresa deve concentrar seus voos nos três principais hubs de conexão que mantém no país, a saber Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife. Apesar disso, a marca não revelou quais são as rotas e cidades afetadas pela decisão.
Os voos internacionais operados pela empresa também sofrerão alguns ajustes. A rota Brasil-França, por exemplo, vai deixar de ser oferecida durante o inverno europeu, quando a procura é menor.
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O corte faz parte do processo de reestruturação da empresa, que passa pela recuperação judicial nos Estados Unidos. Com as mudanças, a empresa pretende aumentar a lucratividade dos voos.
Desta forma, o número de decolagens diárias caíra de 931 para 836, que representa um corte de 10%. Além disso, a ocupação média dos voos deve subir de 80% para 83%.
Anteriormente, a empresa já havia comunicado uma tentativa de mudanças no serviço de bordo. Voos mais longos passariam a contar com boxes de refeições para o café da manhã, por exemplo.
Ações em queda livre
Desde que entrou em recuperação judicial, as ações da Azul passam por um momento de baixa na bolsa. Na última sexta, os papéis fecharam cotados em R$ 0,60, um dos menores níveis da história.
Desde o começo do ano, os investidores viram os papéis sofreram uma desvalorização de 84%. Se considerada a data em que a empresa fez seu IPO, lá em 2017, a queda chega a 97%.
A Azul é uma das três maiores companhias aéreas nacionais, responsável por grande parte dos passageiros transportados dentro do país. A empresa tem planos de fusão com a Gol, mas ainda não há data para que isso aconteça.
Dentre os principais bancos e corretoras de investimentos, nenhum mantém recomendação de compra para os papéis. Os analistas opinam entre manter os ativos na carteira ou se desfazer deles enquanto a empresa não deixa o Chapter 11 nos EUA.

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