XP vê potencial em utilities e aponta ações com valorização de até 10 vezes
A XP iniciou a cobertura de Neoenergia, CPFL e Light e aponta ações no setor de utilities com potencial de valorização exponencial até 2026.

🚨 A XP Investimentos (XPBR31) reforçou sua aposta no setor de utilities e anunciou a ampliação de sua cobertura para três novas ações: Neoenergia (NEOE3), CPFL Energia (CPFE3) e Light (LIGT3).
Os papéis foram incluídos com recomendação de compra e preços-alvo ambiciosos para 2026:
- R$ 42,60 para NEOE3
- R$ 45,40 para CPFE3 e
- R$ 6,20 para LIGT3.
O relatório, divulgado nesta segunda-feira (13), apresenta uma abordagem profunda do setor, propondo uma nova leitura sobre os modelos de investimento em utilities.
Ao invés de tratar o setor como homogêneo e conservador, os analistas da XP dividiram as empresas em quatro categorias estratégicas:
- Compounders de longo prazo;
- Empresas com gatilhos de curto prazo (momentum);
- Teses de reversão à média; e
-
10-baggers — ações com potencial de multiplicar por dez seu valor de mercado.
Utilities não são todas iguais
Historicamente associadas à previsibilidade e menor volatilidade, as ações de utilities vêm ganhando camadas mais complexas de análise.
Para a XP, o setor está cada vez mais interligado aos ciclos macroeconômicos, o que exige olhar individualizado para cada companhia, sua regulação, suas concessões e seus gatilhos de crescimento.
Segundo a corretora, não há mais um modelo único para investir em energia, saneamento e gás no Brasil e na América Latina.
O contexto atual demanda flexibilidade e leitura de cenário, especialmente num momento de transformações regulatórias, privatizações em discussão e crescimento da demanda por infraestrutura.
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Empresas com destaque no portfólio da XP
Além das novas coberturas, a XP manteve foco em ações já favoritas de sua carteira no setor:
- Equatorial (EQTL3)
- Orizon (ORVR3)
- Energisa (ENGI11)
- Sabesp (SBSP3)
- Copasa (CSMG3)
- Eletrobras (ELET3)
- Light (LIGT3)
Os casos de Orizon e Light
Entre todas, dois papéis se destacam por extremos opostos de risco e retorno.
Orizon (ORVR3): a "10-bagger" da carteira
📈 A XP acredita que a Orizon, que atua no setor de resíduos e energia renovável, pode multiplicar seu valor de mercado por até 10 vezes nos próximos anos.
A companhia, hoje avaliada em cerca de R$ 6 bilhões, opera em um segmento ainda embrionário no Brasil, mas com retornos bem acima do custo de capital e com espaço para ampla expansão de margem e receita.
A corretora compara o estágio atual da Orizon com o início da indústria de resíduos sólidos nos EUA, o que abre uma janela rara de oportunidade de longo prazo.
Light (LIGT3): tese arriscada, mas com chance de dobrar de valor
A Light, em recuperação judicial, é classificada pela XP como um dos investimentos mais arriscados da carteira — mas com potencial de valorização expressivo, caso três gatilhos se concretizem:
- Encerramento do contrato PPA com a térmica Norte Fluminense em julho de 2025, o que pode reduzir o déficit de perdas de R$ 1,2 bilhão para cerca de R$ 900 milhões;
- Reajuste tarifário previsto para 2026, que deve alterar o cálculo de perdas não técnicas e incorporar geração distribuída (GD), reduzindo perdas em até 7 p.p. (economia de R$ 200 milhões);
- Mudança metodológica da Aneel, tratando áreas de alto risco como encargos para os consumidores, com impacto recorrente de até R$ 200 milhões em economia.
Somados, esses três eventos poderiam gerar até R$ 550 milhões em fluxo de caixa adicional para a empresa, o que, segundo a XP, poderia mais do que dobrar o valor das ações da Light.
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Saneamento e energia
No segmento de saneamento, a XP continua otimista com a privatização de estatais, como Copasa e Sanepar.
As duas empresas têm revisões tarifárias recentes que aumentam a visibilidade sobre receitas futuras. A corretora projeta potencial de alta de 41% para CSMG3 e 71% para SAPR11.
Já a Sabesp segue como aposta de longo prazo, com preço-alvo de R$ 162,40 e Taxa Interna de Retorno (TIR) real de 12%, além de perspectivas sólidas de crescimento de lucros, segundo o relatório.
No setor elétrico, as transmissoras continuam sendo o segmento mais previsível, com o fim do impasse da RBSE e avanço da eletrificação criando demanda por novos projetos.
📊 As distribuidoras, por sua vez, passam a contar com mais estabilidade regulatória após revisões de concessões e ajustes no cálculo do opex.

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