MRV&Co (MRVE3) afunda no 2º trimestre com prejuízo bilionário da Resia nos EUA
O desempenho negativo foi fortemente influenciado pela performance da Resia, que respondeu sozinha por um rombo de R$ 886,9 milhões.

🚨 A MRV&Co (MRVE3) encerrou o segundo trimestre de 2025 com um prejuízo líquido ajustado de R$ 774,7 milhões, revertendo o lucro de R$ 29,4 milhões registrado no mesmo período de 2024.
O desempenho negativo foi fortemente influenciado pela performance da Resia, subsidiária norte-americana em processo de reestruturação, que respondeu sozinha por um rombo de R$ 886,9 milhões.
O resultado da Resia foi impactado por uma baixa contábil (impairment) de US$ 144 milhões, anunciada no mês passado, relacionada à venda antecipada de ativos.
A operação incluiu perdas estimadas de US$ 81 milhões com a alienação de terrenos e de US$ 63 milhões com o desinvestimento de projetos da chamada “safra legado”, vendidos abaixo do custo de produção.
Venda de ativos e perspectivas
Entre as operações de desinvestimento, a empresa destacou a venda do terreno Forresta Village, em Houston, por US$ 7,2 milhões, já incluída no impairment, sem gerar impacto adicional no balanço.
Por outro lado, a MRV vê boas perspectivas com o empreendimento Golden Glades, em Miami, avaliado em US$ 198 milhões e com expectativa de retorno positivo.
A Resia tem como meta vender US$ 800 milhões em ativos até o fim de 2026 e já atingiu US$ 124 milhões em vendas, considerando terrenos e empreendimentos, incluindo transações realizadas já no terceiro trimestre.
Segundo o diretor financeiro, Ricardo Paixão, a limpeza contábil das propriedades à venda deve reduzir significativamente o prejuízo da subsidiária nos próximos trimestres, com impacto negativo limitado a despesas financeiras e administrativas.
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Desempenho no Brasil
Enquanto a Resia pressiona os números consolidados, a operação brasileira apresentou desempenho positivo. O segmento de incorporação, que abrange as marcas MRV e Sensia, registrou lucro líquido ajustado de R$ 125,5 milhões, alta de 64,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
A receita operacional líquida dessa divisão cresceu 20,8%, para R$ 2,5 bilhões, com margem bruta de 30,2%, contra 26% no 2T24.
O bom momento foi impulsionado pelo Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que teve reajuste nas faixas de renda em abril, além de subsídios regionais oferecidos em cerca de 60% dos Estados onde a construtora atua.
De acordo com Paixão, aproximadamente 25% das vendas no trimestre foram beneficiadas por programas estaduais adicionais ao MCMV.
A empresa espera um segundo semestre mais forte em vendas, aproveitando o ambiente favorável da habitação econômica.
Consumo de caixa e expectativa
💰 Apesar do lucro, o segmento de incorporação apresentou consumo de caixa ajustado de R$ 35,9 milhões, ainda impactado pelo descompasso entre unidades produzidas e repassadas.
Ao fim de junho, havia 1.324 unidades sem repasse, número menor que as 1.418 unidades no fim de março, refletindo um avanço na liberação de vendas represadas.
Para os próximos trimestres, a MRV espera mais repasses do que produção, cenário que pode ajudar a melhorar a geração de caixa da operação brasileira.

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