Ibovespa e dólar fecham em leve queda, mas Hypera escapa de tombo

Hypera chegou a cair mais de 15%, mas fechou em alta depois de receber proposta de fusão da EMS.

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Publicado em 21/10/2024 às 17:55h - Atualizado 30 dias atrás Publicado em 21/10/2024 às 17:55h Atualizado 30 dias atrás por Marina Barbosa
Ibovespa fechou aos aos 130.361 pontos e dólar marcou R$ 5,69 (Imagem: Shutterstock)
Ibovespa fechou aos aos 130.361 pontos e dólar marcou R$ 5,69 (Imagem: Shutterstock)

O Ibovespa e o dólar fecharam em leve baixa nesta segunda-feira (21), após um dia de muita volatilidade nos mercados.

📉 O principal índice da B3 até abriu em alta, mas inverteu a tendência e fechou com um recuo de 0,11%, aos 130.361 pontos.

Já o dólar chegou a bater nos R$ 5,73, mas acabou o dia negociado a R$ 5,69, com uma queda de 0,14%.

Nesta segunda-feira (21), o mercado voltou a se debruçar sobre as projeções para a economia brasileira. Isso porque o Boletim Focus trouxe mais uma piora das expectativas de inflação e juros.

Segundo o boletim, o mercado espera que a inflação brasileira suba 4,50% em 2024 e 3,99% em 2025, ante as projeções de 4,39% e 3,96% da semana passada.

💲 Com isso, há uma expectativa de que a Selic atinja 11,75% neste ano e termine o próximo ano em 11,25%. É a segunda alta consecutiva da projeção para a Selic de 2025, que há um mês era de 10,50%.

Além disso, o Bradesco acredita que, antes de cair, a taxa básica de juros chegará a 12,25% em 2025.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse, então, que medidas de ajuste fiscal são importantes para que a autoridade monetária possa baixar os juros. "Nossa missão é atingir a meta de inflação, e é muito difícil fazer isso quando há uma percepção de que o fiscal não está ancorado", afirmou.

✂️ O governo Lula (PT) prometeu apresentar um pacote robusto de cortes de gastos para manter o arcabouço fiscal. As medidas, no entanto, só devem ser apresentadas após o segundo turno das eleições municipais, marcado para este domingo (27).

Diante dessas dúvidas, a bolsa só não caiu mais porque a China cortou as suas taxas de juros para estimular a economia local, garantindo um dia de alívio para as commodities.

EUA

Já nos Estados Unidos, as bolsas fecharam mistas, diante da expectativa de que o Fed (Federal Reserve) reduza o ritmo de corte dos juros. Veja o fechamento:

  • Dow Jones: -0,80%;
  • S&P 500: -0,18%;
  • Nasdaq: 0,27%.

Baixas

A Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR4) não ajudaram o Ibovespa nesta segunda-feira (21), mesmo com os preços do minério de ferro e do petróleo reagindo diante do corte dos juros chineses. A mineradora recuou 0,36% e a estatal perdeu 1,57%.

Os bancos também tiveram um dia de perdas. Destaque para o BTG Pactual (BPAC11) e o Santander Brasil (SANB11), que saíram 1,15% e 0,52%, respectivamente.

O destaque do dia, no entanto, foi da Wilson Sons (PORT3), que afundou 9,52% após ser vendida para a francesa MSC por R$ 4,352 bilhões.

Veja outras baixas do dia:

Altas

A Hypera (HYPE3), por outro lado, viveu uma montanha-russa nesta segunda-feira (21). A ação chegou a cair mais de 15% pela manhã, na esteira da decisão da empresa de reduzir os prazos de pagamentos dos clientes e descontinuar suas projeções para 2024. Contudo, acabou fechando em alta de 1,91%, já que, à tarde, a farmacêutica confirmou ter recebido uma proposta de fusão da EMS.

A Brava (BRAV3) também teve um dia positivo. As ações da companhia subiram 1,30%, com a confirmação de que a produção no campo de Papa-Terra será retomada em dezembro.

Já a Embraer (EMBR3) saltou 4,17% na esteira da prévia operacional do terceiro trimestre, que mostrou uma aceleração de 33% das entregas e um novo recorde da carteira de pedidos. Foi a maior alta do dia no Ibovespa.

Veja outros ganhos: