CVC Brasil (CVCB3): Acionistas aprovam proposta de "pílula de veneno"; entenda

Mecanismo prevê regras claras para investidores que decidirem comprar mais de 25% do capital social da agência de turismo

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Publicado em 08/01/2025 às 21:46h - Atualizado 5 horas atrás Publicado em 08/01/2025 às 21:46h Atualizado 5 horas atrás por Lucas Simões
Acionista majoritário terá o dever de comprar todas as ações remanescentes da CVCB3 (Imagem: Shutterstock)
Acionista majoritário terá o dever de comprar todas as ações remanescentes da CVCB3 (Imagem: Shutterstock)

✅ Nesta quarta-feira (8), os acionistas da CVC Brasil (CVCB3) deram aval à proposta de que obriga qualquer acionista da agência de turismo cuja participação ultrapasse 25% do capital social da empresa lance a mercado uma oferta pública de aquisição (OPA).

No caso, a execução de uma OPA significa que esse acionista majoritário terá o dever de comprar todas as ações remanescentes da CVCB3 em circulação na B3 (B3SA3).

Tal mecanismo, conhecido no mercado financeiro como "pílula de veneno" foi incorporado como mudança no estatuto da CVC Brasil pelos seus próprios acionistas durante assembleia geral, conforme mostra a ata da reunião.

Essa proposta do conselho de administração da companhia havia sido apresentada ao mercado ainda em novembro de 2024. Também foi estabelecido que a OPA estará condicionada pelo prazo de 30 meses, por conta da melhora contínua dos fundamentos econômicos da companhia.

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Reestruturação de dívidas

A CVC Brasil é um dos principais nomes do turismo, ainda assim suas ações se desvalorizaram quase −53% nos últimos 12 meses, deixando dúvidas para o seu desempenho em 2025. Contudo, no fim do ano passado, a empresa apresentou algum alívio desde o acordo para reestruturação de suas dívidas.

A operação anunciada em setembro de 2024 envolvia a quarta e a quinta emissões de debêntures da companhia, com uma amortização extraordinária de cerca de R$ 160 milhões, combinando recursos próprios e a antecipação de recebíveis garantidos pela dívida.

💰 O movimento reduz o montante principal de R$ 705 milhões para R$ 545 milhões, aliviando parte da pressão financeira sobre a empresa, que pode ser crucial no ambiente de taxa Selic projetada em 15% ao ano em 2025.

Além disso, a companhia conseguiu estender o vencimento dos títulos em quatro anos, o que significa que a nova data final passa a ser outubro de 2028, com amortizações semestrais a partir do segundo semestre de 2026.

Outro ponto positivo foi a redução no custo da dívida, que caiu de CDI+ 5,50% ao ano para CDI+ 4,85% ao ano, com possibilidade de queda adicional para CDI+ 4,50% ao ano, desde que a empresa alcance um rating mínimo de BBB-.

Essa reestruturação já era aguardada pelos investidores, dado que o cenário de curto prazo vinha gerando incertezas sobre a capacidade de pagamento da CVC.

CVCB3

CVC
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